O fotógrafo Ueslei Marcelino, da Reuters, registrou o momento em que o colega Dida Sampaio, do Estadão, foi derrubado por bolsonaristas no Palácio do Planalto, durante a manifestante golpista de ontem.
O jornalista estava ali para registrar o ato, que contava com a presença de Jair Bolsonaro, quando começou a ser hostilizado. Ele usava uma escada ao ser empurrado e cair.
Ao se levantar, foi agredido. Segue relato do jornal em que trabalha:
“Após se levantar, o fotógrafo foi agredido com socos, chutes e tapas. Sampaio precisou deixar o local rapidamente para uma área segura e buscou o apoio da Polícia Militar. O fotógrafo registrou um Boletim de Ocorrência. No documento, Sampaio relata que passou por ‘uma espécie de corredor polonês’, quando tentava sair do local.”
Os manifestantes gritavam “Lixo” e “Fora Estadão”.
De acordo com o relato do jornal, o motorista Marcos Pereira, que apoiava a equipe de reportagem, também foi agredido fisicamente com uma rasteira. Júlia Lindner e André Borges, jornalistas do Estadão que também acompanhavam a manifestação em outro ponto da Esplanada, foram insultados, mas não sofreram agressões físicas.
Dida Sampaio já ganhou dois prêmios Esso e três Vladimir Herzog, e cobre a rotina de presidentes desde o governo de Fernando Henrique Cardoso.