Vem aí novo seriado, e é da Apple
Planet of the Apps vai seguir o trabalho de desenvolvedores
Até que demorou, mas era totalmente previsível. A Apple resolveu estrear na produção de conteúdo de vídeo, e está buscando com a Propagate desenvolvedores de apps de mais de 18 anos.
Os desenvolvedores do “próximo grande app” terão aconselhamento e acesso prioritário à App Store e a financiadores. O programa deverá estrear no começo de 2017 e tem entre seus participantes o músico e empresário Will.i.am
Há mais de 2 milhões de apps disponíveis na App Store, com dezenas sendo lançados por dia. A ideia do programa, dizem os produtores, é dar aos criadores a oportunidade de se lançar e partilhar suas ideias com o mundo.
A Apple continua insistindo que não quer entrar de cabeça no mercado de produção de TV ou filmes, mas tem tudo para fazer isso. O iTunes é uma das maiores plataformas globais de distribuição de conteúdo, com um número muito maior de usuários registrados, 800 milhões, que os serviços da Netflix ou Amazon. As informações são do Guardian.
The Wall Street Journal não quer muita conversa com Facebook
Um número cada vez maior de publicações em todo o mundo está deixando todo seu conteúdo disponível como Instant Articles no Facebook, postando direto na plataforma. Não é o que acontece com o Wall Street Journal, da News Corp, do biliardário australiano Rupert Murdoch. O jornal cede apenas suas matérias sobre tecnologia.
O Facebook certamente atrai novos leitores, mas as editoras, que se sentem compelidos a usá-lo, não querem se tornar muito dependentes da rede social. O New York Times, por exemplo, que está criando vídeos diários para a rede, ainda segura grande parte de seu conteúdo, mencionando preocupações sobre dados dos leitores e a cessão de material demais de graça.
A estratégia cautelosa do Journal parece ser um passo certo, depois de o Facebook ter declarado recentemente que iria dar mais destaque a posts de amigos que de empresas jornalísticas. As mudanças poderão penalizar alguma delas, acredita a Bloomberg.
De qualquer maneira, as partes seguem conversando, sem que saiba o teor de um acordo maior. Ele poderia oferecer à Newscorp um modo de aumentar a receita digital para compensar as perdas de seu negócio de mídia impressa. A receita publicitária caiu 15% no primeiro trimestre. O jornal tem cerca de 900 mil assinantes online.
Snapchat bate na porta de Hollywood
O casamento estava no horizonte. O que melhor para uma rede social com 150 milhões de usuários diários, pessoas de classe média em sua maioria entre 18 e 34 anos, do que seriados, por exemplo?
Já estão hospedados na seção Discover, do Snapchat, produtos de publicações como People e Cosmopolitan. Agora é a hora de conversar com redes de televisão e estúdios – além, claro, das ligas esportivas.
O que o Snapchat quer é tirar o Discover de sua origem como destinação de publicação, onde postam artigos e vídeos, em um destino premium de vídeo.
A questão é como fazer dinheiro com isso. Como isca, a empresa mantem no ar um programa chamado Good Luck America, que segue a campanha presidencial nos EUA, e quer que as redes criem programação semelhante. Mas não se sabe qual impacto mais redes e estúdios teriam sobre outros parceiros do Discover, que já incluem Comedy Central, ESPN e MTV.
O Snapchat está pedindo a redes parceiras garantia de venda de uma certa quantidade de anúncios, cuja receita dividiriam. Mesmo um mínino poderia significar muito. Se o Snapchat garantir que 30 milhões de pessoas vejam um anúncio a 3 centavos, isto já significa U$ 1 milhão, lembra o Digiday.
O BuzzFeed afirma que mais de 20% de seus vídeos vistos vêm do Snapchat, “A guerra agora é pelo destino de conteúdo original, e Facebook, Twitter e Snapchat está todos atrás do YouTube”, disse Noah Mallin, da MEC North America.