O candidato a vereador de Recife pelo DEM na coligação O Recife Acredita, o advogado e professor bolsonarista Reinaldo Chaves Rivera, escreveu uma nota acusando a Anvisa de aprovar falsas vacinas contra covid-19 por conta de “clamor popular”.
Ao se referir às vacinas Coronavac e Universidade de Oxford, Rivera disse que a aprovação do uso emergencial feita pela Anvisa é uma falta de responsabilidade e atentado ao povo brasileiro, pois aprovaram duas vacinas sem terem certeza sobre a eficácia e os efeitos colaterais.
Rivera ainda criticou a aplicação da primeira dose na enfermeira Mônica Calazans e não no governador de São Paulo, João Doria.
Segundo um estatístico da Anvisa, a eficácia da Coronavac é de 50,4%, em percentual arredondado e segundo o gerente de Medicamentos, Gustavo Mendes, a eficácia da vacina de Oxford é de 70,42%.
“A decisão da Anvisa, ficou claro, não aprovou uma vacina, mais uma substância que não se sabe o que é e que pode causar muitos problemas às pessoas.”, disse o vereador.
Confira a nota na íntegra abaixo:
ANVISA APROVA FALSAS VACINAS
É a primeira vez que vi agentes públicos montarem um palco para divulgar uma decisão que atenta contra a saúde e a vida das pessoas.
Simplesmente deplorável ver o diretor da Anvisa, que se jacta de compor uma agência ao seu dizer respeitadíssima mundialmente, fazer um discurso choroso, piegas, teatral mesmo, para anunciar a todo o país, numa tarde de domingo, que, apesar de não se ter certeza sobre a eficácia e, pior, sobre os efeitos colaterais, aprovaram-se duas vacinas por conta do “clamor popular”!
Que desfaçatez. Que falta de responsabilidade. Que atentado ao povo brasileiro.
Pior foi ver que, incontinente, o tiranete de São Paulo fez aplicar a primeira dose da incerta vacina numa briosa enfermeira (não nele, claro). Impressionante como a lona do circo já estava erguida e todos os saltimbancos estavam a postos para as fotos que já circulam nas redes sociais e serão amanhã as manchetes de primeira página dos jornais. Bom, não se esperava mesmo outra atitude do histriônico protocandidato a presidente que, sempre metido em espremidas calças, não perde oportunidade para fazer as suas espalhafatosas aparições públicas dignas do janota que é.
O gerente geral de medicamentos e produtos biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, afirmou que a vacina coronavac, produzida pelo Butantan com o laboratório chinês Sinovac, teve o dado de imunogenicidade considerado não adequado, mas, tendo em vista a necessidade brasileira, recomendou a aprovação do imunizante. Isso é criminoso e precisa ser ampla e profundamente investigado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal. Inadmissível que esses fantoches de políticos oportunistas, arremedos de cientistas, estejam colocando em risco a vida dos brasileiros.
Já o diretor-geral foi ainda mais lamentável naquilo que chamou de “voto”. Sem informações técnicas que pudessem demonstrar o porquê da aprovação, lançou-se a elogiar a própria agência que dirige e rechear seu discurso para a platéia com frases reticentes que mais não demonstram que a total falta de compromisso com a verdade e com a ciência. Um disparate.
A decisão da Anvisa, ficou claro, não aprovou uma vacina, mais uma substância que não se sabe o que é e que pode causar muitos problemas às pessoas. E a própria agência sabe disso, pois no encerramento do show vespertino deste domingo, o stand up man correu a dizer que máscaras, distanciamento e álcool gel devem continuar a ser a realidade do país. Incrível, quanta confiança tem ele nas vacinas que aprovou, não é mesmo?
Um deboche, um acinte à inteligência dos brasileiros, foi o que vimos neste circo montado, vergonhosamente, pela Anvisa.
Da minha parte, tenho só que lamentar profundamente ver o nosso país sendo tragado por interesses escusos que querem devolver o comando da nação aos biltres que nos roubaram nas últimas décadas.
Ou voltamos às ruas (sem máscaras!), ou seremos emudecidos e viraremos vassalos pagadores de impostos para alimentar a fome pantagruélica dos corruptos que espreitam as nossas liberdades.
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