O vereador Rubinho Nunes (União Brasil-SP) obteve 24 assinaturas de colegas da Câmara Municipal de São Paulo e formalizou o pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) voltada para as ONGs atuantes no Centro da cidade.
Seu foco está na investigação da relação dessas entidades com a atuação do padre Julio Lancellotti na região central, especialmente na cracolândia.
O vereador, que é crítico do padre, já convocou o religioso para depor na Frente Parlamentar em Defesa do Centro até 14 de dezembro, gerando críticas de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos, entre outros.
Para a instalação da CPI, são necessárias 28 assinaturas, um número que o vereador afirma conseguir facilmente. Além disso, ele deve aguardar a conclusão de alguma das CPIs já em andamento.
As duas entidades que o vereador identificou como alvos da CPI são o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecida como Bompar, e o coletivo Craco Resiste. Ambas trabalham com a população em situação de rua e dependentes químicos na região central, assim como o padre.
Rubinho destaca que a CPI possui mais poder de investigação do que a frente parlamentar e é investida do poder de polícia, permitindo uma investigação mais profunda. Ele alega que a atuação do religioso e das instituições contribui para a manutenção da situação crítica na região central da cidade.
O vereador planeja convocar o padre para depor na CPI. O pároco, por sua vez, afirma que não tem qualquer envolvimento com as entidades em questão e não participa de projetos conjuntos com elas.
Ele destaca a autonomia das entidades e ressalta que a Câmara tem o direito de realizar a CPI, mas não encontrará sua participação nas duas organizações.
Na semana passada, o padre expressou que o vereador e seus aliados estão “personalizando e criminalizando” para desviar do debate essencial, sugerindo que deveriam convocar o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e a Secretaria de Assistência Social, que administram recursos públicos.
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