Veto de Bolsonaro a prisão por fake news é mantido pelo Congresso

Atualizado em 28 de maio de 2024 às 17:33
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Em uma vitória para parlamentares bolsonaristas, o Congresso Nacional decidiu manter nesta terça-feira (28) o veto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que impede a tipificação do crime de “comunicação enganosa em massa” durante as eleições. O texto, que substituiu a Lei de Segurança Nacional, foi aprovado em 2021.

Para derrubar o veto, era necessário maioria absoluta na Câmara dos Deputados (257 votos) e no Senado (41 votos). No entanto, o dispositivo recebeu apenas 139 votos na Câmara, ficando abaixo do necessário.

A decisão barra a retomada de uma pena de até cinco anos de reclusão para quem espalhar informações falsas durante as eleições.

O Congresso aprovou em 2021 um novo texto que revogou a Lei de Segurança Nacional, editada durante a ditadura militar, e estabeleceu novos crimes contra o Estado democrático de Direito, incluídos no Código Penal.

Fachada do Congresso Nacional, em Brasília. Foto: Sérgio Lima/Poder360

Bolsonaro sancionou a lei com vetos parciais. Na ocasião, o ex-mandatário justificou o veto sob a alegação de que o trecho “contraria o interesse público” e poderia afastar o eleitor do debate.

O ex-presidente argumentou que não estava claro se haveria punição contra quem gerou ou compartilhou as informações falsas, nem como se daria a definição sobre qual conteúdo é inverídico ou não.

A análise dos vetos de Bolsonaro tem se prolongado nos últimos três anos devido à falta de consenso sobre temas polêmicos, como notícias falsas o impedimento de manifestação livre e pacífica.

Em 9 de maio, parlamentares bolsonaristas conseguiram adiar a votação da lei das saidinhas para evitar a votação dos dispositivos vetados na Lei de Segurança Nacional e ganhar tempo para articulações.

Desde então, Bolsonaro tem se mobilizado para manter os vetos. Na última semana, ele participou de um almoço com a bancada ruralista e solicitou apoio dos deputados e senadores presentes para impedir mudanças.

Chegamos ao Blue Sky, clique neste link
Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link