A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, na próxima semana, incluirá atividades que poderiam gerar mal-estar no governo do presidente norte-americano, Joe Biden, segundo reportagem do jornal O Globo. A viagem ao país asiático será realizada apenas um mês e meio após o petista visitar os EUA.
No governo brasileiro, a preocupação é manter o equilíbrio na disputa entre as duas superpotências por hegemonia. Segundo fontes oficiais, Brasil e China podem ativar um fundo de financiamento chinês de R$ 20 bilhões.
Dessa maneira, o país sul-americano pode entrar na lista de países prioritários ao turismo do gigante asiático. Além disso, os dois países selarão um entendimento para desenvolver a sexta geração de satélite sino-brasileiro e, por iniciativa do governo Lula, poderia haver uma declaração conjunta sobre clima.
Uma das atividades que pode gerar certo mal-estar no governo americano é a visita à gigante tecnológica Huawei, considerada, desde 2021, um risco de segurança pelas autoridades dos EUA por suspeita de usar seus equipamentos para espionagem.
A visita à Huawei, no entanto, surgiu por um convite da empresa chinesa, segundo confirmaram fontes ligadas a ela. Vale destacar que, nas últimas semanas, Brasília e Pequim trabalharam intensamente para elaborar uma lista que poderia chegar a 30 acordos bilaterais.