O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que o ataque terrorista de 8 de janeiro foi “meticulosamente preparado” ao longo dos anos por meio de ataques à instituições e a seus membros. Durante discurso em solenidade no Congresso Nacional, ele chama a data do atentado de “dia da infâmia”.
“A depredação da sede dos Três poderes no dia 8 de janeiro passado não foi um fato isolado, não foi um caso fortuito ou um mero acidente de percurso. Embora impressentido, foi um ataque meticulosamente preparado. O dia da infâmia foi precedido de anos de ataques às instituições, ofensas a seus integrantes, ameaças de naturezas diversas e disseminação de ódio e mentiras”, afirma Barroso.
O magistrado avalia que o atentado teve início quando “banalizou-se o mal, o desrespeito, a grosseria, a agressividade e a falta de compostura”. “Passamos a ser mal vistos globalmente, o Brasil que deixou de ser Brasil. Porém, a despeito de tudo, as instituições venceram e a democracia prevaleceu”, prosseguiu.
Barroso cita o presidente Lula, os chefes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo, além de setores da sociedade civil e da imprensa como os responsáveis por sustentar a democracia após o ataque.
“Demonstrou que nós já superamos o ciclo do atraso, já não há mais espaço na vida brasileira para quarteladas, quebras da legalidade constitucional ou descumprimento das regras do jogo”, concluiu o presidente da Corte
Presidente do STF, ministro Barroso, em ato pró-democracia no Senado, em Brasília: “A depredação da sede dos Três poderes no dia 8 de janeiro passado não foi um fato isolado, não foi um caso fortuito ou um mero acidente de percurso. Embora impressentido, foi um ataque… pic.twitter.com/kASH7ML3kh
— GloboNews (@GloboNews) January 8, 2024
O discurso ocorreu na solenidade “Democracia Inabalada”, que ocorre no Congresso Nacional com a presença representantes e autoridades dos Três Poderes. O evento foi criado para marcar um ano do ataque terrorista de 8 de janeiro e promovido para celebrar a democracia e relembrar o papel das instituições durante e após o atentado.
Mais cedo, Barroso também participou de solenidade no Supremo, que inaugurou a exposição que relembra o ataque terrorista de 8 de janeiro.