A Polícia Federal (PF) está conduzindo uma investigação sobre a suspeita de que a Agência Brasileira de Informações (Abin) foi utilizada para obter informações sobre opositores políticos dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conforme reportado por Daniela Lima, do G1.
Segundo uma fonte da PF, há a alegação de que a agência teria fabricado evidências com o propósito de beneficiar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Jair Renan, filho mais jovem do ex-mandatário, em investigações direcionadas a eles.
Durante a gestão bolsonarista, a Abin foi chefiada por Alexandre Ramagem (PL-RJ), atualmente deputado federal e próximo à família do ex-capitão. Ramagem, alvo de buscas da PF nesta quinta-feira (25), é suspeito de utilizar a agência para monitorar ilegalmente adversários políticos.
Há quatro anos, no entanto, um antigo aliado de Bolsonaro, Gustavo Bebianno, havia dito em uma entrevista ao Roda Viva que um delegado da PF participou da tentativa de montagem de uma “Abin paralela”, por iniciativa do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Bebianno disse que o episódio aconteceu nos primeiros meses do governo Bolsonaro, quando Carluxo apareceu com os nomes de um delegado federal e de três agentes que fariam parte de uma suposta Abin paralela.
Perguntado se seria Alexandre Ramagem, Bebianno se recusou a responder, deixando a dúvida no ar. “Eu lembro o nome do delegado. Mas não vou revelar por uma questão institucional e pessoal”, disse o ex-secretário-geral da Presidência na ocasião.
Assista abaixo:
Antigo aliado do inelegível, Gustavo Bebianno já havia contado que Carlos Bolsonaro tinha planos para instalar uma Abin paralela e monitorar ilegalmente adversários políticos. Hoje, a PF fecha o cerco contra isso. Chega de impunidade! pic.twitter.com/Uq1X2XMSL2
— Erika Kokay (@erikakokay) January 25, 2024
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