O influenciador bolsonarista Lucas Pavanato, pré-candidato a vereador de São Paulo pelo Partido Liberal (PL), foi ao ato contra o Projeto de Lei 1904, o “PL do estupro”, no sábado (15), para provocar os manifestantes e, com medo de represálias, teve de se esconder atrás de policiais militares na avenida Paulista.
Com um microfone nas mãos enquanto um membro de sua equipe filmava, Pavanato usou a estratégia de outros famosos influenciadores de extrema-direita: insultar opositores em busca de sofrer uma agressão para se registrar como vítima. Tudo em um cenário que ele mesmo criou.
Enquanto o projeto de Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) propõe uma pena maior a uma mulher que realize aborto do que a um homem condenado por estupro, o bolsonarista, em São Paulo, protegido por agentes da Polícia Militar, bradava que defende a vida.
? Pra rolar de rir! O militante pró-Bolsonaro Lucas Pavanatto foi para o ato anti-PL do Estuprador em São Paulo fazer conteúdos, mas teve que pedir socorro para polícia.
O fanático chegou a tremer de medo com a reação da população indignada. pic.twitter.com/2yksnd8nJ0
— Rodrigo Luis Veloso (@rodrigoluisvelo) June 15, 2024
Em outro momento registrado pelo Metrópoles, Pavanato confrontou militantes dizendo que eles defendem “tortura e mortes de bebê”, incentivando uma narrativa falsa que contraria o real motivo dos protestos: o recuo do PL 1904.
Ao ser encarado por um fotógrafo, o pré-candidato afirmou que o enfrentaria “frente a frente, sem medo”, sendo ridicularizado pelo homem que vestia uma camisa com mensagem antifascista: “Sem medo atrás do PM? Vem sem medo na frente deles aqui”, desafiou.
Em sua conta no X, antigo Twitter, o bolsonarista publicou um vídeo usando apenas recortes dos momentos em que os ativistas aparecem mais irritados com ele na intenção de associar os manifestantes de esquerda a um comportamento irracional e agressivo.
“Lutei por aqueles que não podem lutar”, escreveu na publicação que ainda está no ar na plataforma de Elon Musk. Já no TikTok, sua conta está desativada. O pré-candidato alega que “após defender a vida, teve a conta com mais de 1,2 milhão de seguidores censurada”.