Um empresário bolsonarista da cidade de Jaú, no interior de São Paulo, levou a sério a ideia de ressignificar a vida na 3a idade.
Na festa do seu aniversário de 65 anos, Tony Padim brindou os convidados – cerca de 100 pessoas, entre amigos e familiares – com uma performance pra lá de exótica: divertiu-se com 5 prostitutas contratadas especialmente para a ocasião – mesmo com o tempo frio, jogou-se na piscina de roupa, junto do seu fiel labrador Caramelo e, entre outras brincadeiras de péssimo gosto, molhou as meninas com uma mangueira.
Padim só não esperava que seus amigos – a maioria dirigentes e médicos do Hospital Amaral Carvalho, referência no atendimento ao câncer no país, fossem filmar e divulgar a diversão.
O resultado deu ruim e caiu na boca do povo: além de seus próprios familiares, na festa estavam também as mulheres e filhos dos convidados.
As imagens, com a fina flor do high society local, na sua imensa maioria constituída de eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro, ou seja, defensores da moral e dos bons costumes, segundo o jornal Hora H começaram a circular nas redes sociais com comentários dirigidos à instituição hospitalar, bastante conhecida e mantida, além do SUS, com doações financeiras captadas no Brasil inteiro.
Na tarde desta quarta, 21, o hospital precisou emitir uma nota isentando-se de responsabilidades.
Diz que a “comemoração transcorria normalmente, em clima familiar e de amizade, até que em determinado momento o próprio aniversariante, sem nenhum aviso prévio aos convidados, decidiu, por sua inteira responsabilidade e iniciativa, chamar para o mesmo ambiente da festa algumas pessoas que estavam vestidas em trajes inapropriados para aquele momento familiar, causando surpresa e espanto”.
A nota afirma também que, a despeito do aniversariante pertencer aos quadros da instituição, nenhum recurso do Amaral Carvalho foi utilizado para a realização do evento: “Os custos e despesas foram de responsabilidade do próprio aniversariante”.
Na cidade, o inusitado caiu como uma bomba: senhoras de família em uma balada de um sujeito que acha graça em promover eventos com mulheres contratadas para comemorar a passagem dos 65 anos.
É certo que muitos dos presentes se divertiram – tanto que os vídeos e fotos se espalharam pelas mãos dos próprios – mas no ‘dia seguinte’ ninguém escapou da ressaca moral, exceção dos que tiveram juízo e caíram fora antes de serem flagrados pelas lentes.
O DCM apurou que o Amaral Carvalho, bem como seus dirigentes e pessoal do corpo clínico, não têm responsabilidade pelas cenas que eles próprios captaram e divulgaram.
Na comédia de erros que varreu a web nesta quarta, 21, e assustou os moradores do pequeno e pacato município, com repercussão em todo o país, fica a lição do legado tosco deixado por Bolsonaro ao longo de seus 4 anos na presidência.
Seus mais cegos seguidores estão tão ou mais perdidos que aquele cachorro que acabou de cair do caminhão de mudança.
Assista o VÍDEO e confira.