Na última quarta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um discurso em um evento evangélico – grupo que é uma de suas apostas para a reeleição – em Imperatriz (MA), em que disparou expressões homofóbicas e transfóbicas para justificar a sua defesa em barrar projetos de lei que não sejam conservadores.

”O que nós queremos é que o Joãozinho seja Joãozinho a vida toda. A Mariazinha seja Maria a vida toda, que constituam família, que seu caráter não seja deturpado em sala de aula”, declarou, complementando que seu modelo de família é composto por “homem, mulher e prole”.

O chefe do Executivo ainda acusou o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de tentar realizar a  “desconstrução da heteronormatividade”. Entretanto, após diversas críticas e uma queixa-crime apresentada junto ao STF (Supremo Tribuna Federal) pela vereadora Erika Hilton (PSOL-SP) dizendo que as falas do presidente apresentam  “evidente caráter homofóbico e transfóbico”, ele tentou se defender e justificar seu comentário.

Durante sua viagem em Juiz de Fora (MG), nesta sexta-feira (15), Bolsonaro disse que ”as minorias têm de se adequar”, o que contraria o que é previsto pela Constituição.

”Outro dia eu falei… A mãe quer que o Joãozinho continue sendo Joãozinho. Ah, declaração homofóbica… Meu Deus do céu. Porra… Onde nós iremos? Cedendo para as minorias… As leis existem, no meu entender, para proteger as maiorias. As minorias têm que se adequar”, disparou.

Segundo a Constituição Brasileira, de 1988, é proibido qualquer tipo de discriminação, seja pela raça, etnia, religião ou sexo, garantindo o direito de ser diferente sem sofrer violação de seus direitos de cidadania.

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