VÍDEO – Bolsonaro ordena que ministros repitam fake news sobre as urnas

Atualizado em 9 de fevereiro de 2024 às 17:19
O ex-presidente Jair Bolsonaro em reunião golpista com ministros e assessores. Foto: Reprodução

Durante a reunião golpista de 5 de julho de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro ordenou que seus ministros e assessores repetissem fake news sobre as urnas eletrônicas. Na ocasião, a três meses das eleições, ele disse que iria “mostrar” supostas fraudes do sistema eleitoral.

“Daqui para frente quero que todo ministro fale o que vou falar aqui, e vou mostrar. Se o ministro não quiser falar, ele vai ter de falar para mim porque ele não quer falar”, afirmou o então mandatário, dizendo que só aceitaria ser contestado se os colegas tivessem “argumentos”.

“Se apresentar onde estou errado, eu topo. Agora, se não tiver argumentos para me demover do que vou mostrar, não vou querer papo com esse ministro. Se está achando que eu vou ter 70% dos votos e vou ganhar como ganhei em 2018 (…) está no lugar errado”, prosseguiu.

Na sequência, ele anunciou que convocaria uma reunião com embaixadores estrangeiros sobre as eleições e afirmou, sem citar nomes, que autoridades estariam “preparando tudo para o Lula ganhar no primeiro turno, na fraude”.

Bolsonaro ainda sugeriu que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes estariam atuando para garantir a vitória de Lula. “Alguém acredita aqui em Fachin, Barroso, Alexandre de Moraes? Se acreditar, levanta o braço. Acredita que são pessoas isentas, estão preocupados em fazer justiça, seguir a Constituição?”, continuou.

O vídeo da reunião golpista foi encontrado no computador do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O conteúdo foi utilizado por Moraes para autorizar operação contra o ex-presidente e seus aliados nesta quinta (8).

Segundo o magistrado, a reunião “nitidamente revela o arranjo de dinâmica golpista no âmbito da alta cúpula do governo, manifestando-se todos os investigados que dela tomaram parte”.

O ex-mandatário também foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ataques e fake news contra as urnas em reunião com embaixadores estrangeiros, anunciada por ele durante a reunião golpista. Ele está inelegível até 2030 por conta das mentiras contra o sistema eleitoral.

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