Guilherme Boulos (PSOL) afirmou que expor o boletim de ocorrência registrado por Regina Nunes, mulher de Ricardo Nunes (MDB), contra ele por violência doméstica não é um ataque pessoal, mas um tema de interesse público. Ele foi criticado no início da campanha do segundo turno por falar sobre o tema.

“Uma coisa é mentira, sair do tom, fazer um ataque rebaixado. Isso vocês não viram de mim ao longo da campanha e não verão no segundo turno. Outra coisa é uma pessoa que está na vida pública e precisa prestar contas daquilo que faz”, afirmou Boulos em entrevista ao UOL News.

Ele alega que Nunes “é uma figura pública” e que os eleitores precisam saber se o candidato “tem ou não tem um boletim de ocorrência por violência contra mulheres”. “Isso é grave. Não é uma questão pessoal, nem um ataque rebaixado”, prossegue.

Boulos ainda compara o boletim de ocorrência ao laudo falso divulgado por Pablo Marçal (PRTB) para acusá-lo de usar drogas às vésperas do primeiro turno. “Se o boletim fosse mentiroso igual ao laudo que o Marçal inventou sobre mim, é uma coisa. Agora, o boletim é verdadeiro. É inevitável que questões desta natureza estejam no debate político”, acrescenta.

O psolista ainda lembra que não foi o único a mencionar a denúncia contra o prefeito e aponta que Tabata Amaral (PSB) falou sobre o caso no primeiro debate entre os candidatos, promovido pela Band. Ele aponta que posteriormente a imprensa começou a repercutir o tema.

O boletim de ocorrência de Regina Nunes foi registrado em fevereiro de 2011. Na ocasião, ela acusou o marido de violência doméstica, ameaça e injúria. No fim de setembro, ele admitiu a existência da queixa e disse que ela foi registrada “há 14 anos, num desentendimento”.

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