Lukas Agustinho, uma estrela em ascensão na música gospel, veio a público para pedir perdão. Há alguns dias, em viagem para um show, ele brincou com os colegas da banda sobre como os crentes da Assembleia de Deus oravam, sobretudo os pastores.
Era, como se disse, uma brincadeira, mas os crentes levaram a sério e ameaçaram boicotá-lo, além de usarem a sessão de comentários na rede social para rogar praga contra o cantor.
“A mão de Deus vai pesar”, disse um.
“Escarnecedor”, atacou outro.
“Que lamentável!! Se ele acha estranho a oração dos outros não brinque com a fé dos que oram assim! Cada um tem sua forma de falar com Deus e Deus ouve!”, acrescentou um terceiro.
Muitos lembraram o que teria acontecido com outros cantores que brincaram com a fé evangélica.
“O caso lembrou um vídeo em que Jotta A e Daniela Araújo apareceram imitando línguas estranhas dentro de um carro, pouco tempo antes de Daniela ser flagrada usando drogas e Jotta a perder seu ministério”, registrou o site O Fuxico Gospel.
Agustinho bloqueou os comentários, mas não bastou. As críticas pipocaram em outras contas.
Ao pedir perdão, Agustinho lembrou que não pode “banalizar algo de que nós fazemos parte”.
Quem conhece o meio evangélico sabe que não se admite brincadeira que possa soar como crítica.
A diretriz dada pela cúpula é, em geral, cumprida como se houvesse uma mão de ferro controlando falas e atitudes.
Os estudiosos de religião poderiam estudar o fenômeno e comparar com uma onda fascista.
Lukas aprendeu que, se quiser prosperar no meio, tem que se comportar dentro da caixinha.