VÍDEO – Céu da Argentina é encoberto por fumaça de queimadas; veja antes e depois

Atualizado em 12 de setembro de 2024 às 16:27
Antes e depois da vista na cidade de Corrientes, na Argentina. Foto: reprodução

A fumaça das queimadas que afetam o Brasil alcançou países vizinhos, como Bolívia e Paraguai e Argentina. O brasileiro Mateus Eduardo Kotelak, guia de viagens de moto, registrou o cenário alarmante em um vídeo que compara a paisagem de Corrientes, na Argentina, antes e depois da chegada da fumaça.

“Eu faço esse roteiro várias vezes ao ano e nunca vi isso acontecer”, afirmou Mateus, surpreso com a densa nuvem que encobre a cidade e impede qualquer visibilidade.

Corrientes, conhecida por sua beleza natural e pontos turísticos, como a ponte registrada por Mateus, foi uma das cidades afetadas pela fuligem. O guia destacou a diferença entre o cenário limpo de janeiro e a situação atual, quando a fumaça tomou conta de tudo.

“O mundo pede socorro”, escreveu o guia ao mostrar a comparação no Instagram. Em outra publicação, ele mostrou uma rota de quase 800 km, ligando Resistência a Salta e Chaco Argentino, em que o percurso todo esteve coberto por um céu cinzento de fumaça.

Segundo o Serviço Meteorológico, a fuligem percorreu milhares de quilômetros, sendo arrastada pelos ventos, e ainda deve permanecer sobre o país nos próximos dias. Meteorologistas alertam que a quantidade de fumaça é tão elevada que há risco de ocorrer “chuva preta”, fenômeno já registrado no Rio Grande do Sul nesta semana. Esse tipo de precipitação acontece quando as partículas de fumaça se misturam às gotas de chuva, formando uma água escura, imprópria para consumo e que pode prejudicar o meio ambiente.

O avanço da fumaça é impulsionado por queimadas em 11 estados brasileiros e no Distrito Federal, que registram números de focos de incêndio superiores ao dobro dos registrados no ano passado.

A ausência de chuvas e a força dos ventos têm contribuído para a propagação da fuligem, que já afeta grandes áreas do país. “A fuligem e os poluentes carregados pelos ventos podem sair das regiões afetadas pelo fogo e atingir estados distantes”, explicam os meteorologistas ao G1, alertando que, sem uma mudança climática significativa, o cenário deve se repetir nos próximos dias.

Embora uma frente fria esteja prevista, ela não será suficiente para dissipar completamente a fumaça. Segundo especialistas, essa frente trará apenas ventos fracos e sem chuvas expressivas, o que não deverá interromper o transporte de fumaça por longas distâncias.

O fenômeno da “chuva preta” e a presença de fumaça densa sobre o país são reflexos diretos da crise ambiental causada pelas queimadas, que seguem fora de controle em várias regiões.

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