Depois das ameaças do deputado federal Junio Amaral (PL-MG) e do deputado estadual Coronel Lee (DC-PR), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi alvo de mais uma intimidação. O ex-comandante da Rota e deputado estadual, Coronel Telhada (PP), também ameaçou Lula de morte.
Na noite de ontem (5), Telhada postou um vídeo, nas dependências da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), e fez ameaças ao petista e ao “seu bando”. “Lula, vai lá em casa incomodar minha mulher, meus filhos, meu netos. Estou te esperando lá, você e todo seu bando. Pode vir quente que a gente tá fervendo”, disse o deputado, enquanto mostrava a pistola presa à cintura.
A bancada do PT na Alesp já oficiou o presidente da Casa, Carlão Pignatari (PSDB), para que Telhada entenda da gravidade da ameaça. Os deputados estaduais do PT afirmaram que protocolarão representação contra o ex-comandante da Rota no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
“A situação se reveste de intensa gravidade uma vez que as ameaças feitas pelo deputado alcançam as deputadas e deputados estaduais, dirigentes, militantes que compõem e atuam no Partido dos Trabalhadores lado a lado do ex-presidente Lula, em defesa da Democracia e do Estado Democrático de Direito”, afirmou a líder da bancada do PT, a deputada Márcia Lia.
Vai lá em casa, Lula. Você e seu bando.
Estarei te esperando… pic.twitter.com/tlg8PR2mxe— Coronel Telhada ⭐️⭐️⭐️ (@coroneltelhada) April 5, 2022
Leia mais:
1- PT entra com representação contra deputado que ameaçou Lula
2- VÍDEO: Deputado bolsonarista ameaça Lula e “sua turma” de morte no Paraná
3- Eleições 2022: Sem Moro, Bolsonaro cresce e Lula segue liderando com folga, diz Paraná Pesquisas
Ameaças são em resposta a discurso de Lula em evento da CUT
O vídeo do ex-comandante da Rota e dos outros dois deputados é uma reação a fala de Lula durante evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na segunda-feira (4). O ex-presidente sugeriu que os sindicalistas mapeiem o endereço dos parlamentares para que se dirijam às residências deles para “incomodar a tranquilidade”, pressionando-os com demandas sindicais.
“Então, se a gente (…) pegasse, mapeasse o endereço de cada deputado e fossem 50 pessoas para a casa desse deputado… Não é para xingar, não, é para conversar com ele, conversar com a mulher dele, conversar com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele. Eu acho que surte muito mais efeito do que a gente vir fazer manifestação em Brasília.” disse o ex-presidente.