Com Lula, Boulos oficializa candidatura à prefeitura para barrar extrema direita em SP

Atualizado em 20 de julho de 2024 às 22:11
Lula e Guilherme Boulos em lançamento de candidatura. Foto: reprodução

Neste sábado (20), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) lançou sua candidatura à Prefeitura de São Paulo ao lado do presidente Lula (PT), que destacou que a vitória do candidato evitará o retorno da extrema-direita ao governo. Boulos, Lula e a ex-prefeita Marta Suplicy (PT), vice na chapa, subiram ao palco de mãos dadas, acompanhados pelos ex-prefeitos Luiza Erundina (PSOL) e Fernando Haddad (PT), atual ministro da Fazenda, simbolizando uma grande frente de esquerda na capital paulista.

“O Boulos é o meu candidato. Eu me sinto tão candidato quanto ele. Eu quero ser responsável pela vitória dele. Mas, muito mais que eu, vocês”, destacou Lula. “Com a vitória do Boulos, a gente vai dizer que nunca mais a extrema-direita, os fascistas, os nazistas, os negacionistas e os mentirosos vão voltar a governar este país”, acrescentou.

O presidente também criticou adversários de Boulos, sem mencionar nomes, e pediu que Erundina, Marta Suplicy, Haddad e Boulos posassem para uma foto, sugerindo que a imagem fosse usada na campanha para comparação com outros candidatos.

Lula atacou indiretamente o vice de Ricardo Nunes (MDB), o coronel Mello Araújo (PL), e mencionou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) obrigou um candidato a engolir um vice “que era quase um ditador na Ceagesp [Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo], tratando mal as pessoas, proibindo sindicato de funcionar”.

Boulos também fez provocações a Nunes e Bolsonaro. “Aqui a gente tem o maior orgulho de ser apoiado pelo presidente Lula. Na convenção de alguns dos nossos adversários, eles vão tentar esconder quem é o apoiador”, afirmou.

O candidato também enfatizou a parceria com Marta Suplicy, destacando a experiência da ex-prefeita: “Essa parceria já está dada. É a parceira das moradias populares com os CEUs. A parceria das cozinhas solidárias com o bilhete único. Da coragem com a experiência para mudar a cidade de SP”.

“Hoje, aqui em São Paulo, eles estão dizendo que é impossível alguém que veio do Movimento Sem Teto ganhar a prefeitura da maior cidade da América Latina. E nós vamos mostrar, mais uma vez, que eles estão errados”, discursou Boulos sobre sua esperança de vencer o pleito.

Durante a convenção, Boulos apresentou propostas para áreas como educação, saúde e meio ambiente. “Quero governar São Paulo para quebrar os muros que separam os Jardins da periferia. São Paulo precisa de um choque de humanidade, e é esse chapéu que nós vamos dar a partir de 1º de janeiro do ano que vem”, afirmou. Marta Suplicy reforçou: “O presidente Lula e eu reconhecemos em Boulos a necessária sensibilidade para ser o próximo prefeito de São Paulo”.

A convenção mobilizou o governo pela campanha de Boulos, com a presença de Lula e de sete ministros. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, enfatizou a importância da eleição: “Eleição de SP é muito importante não só para São Paulo, mas para o Brasil”, disse ao mencionar a importância da esquerda vencer na capital paulista para barrar o avanço da extrema-direita no país. 

O PSOL espera contar com a presença de Lula em caminhadas, comícios e programas de TV. Boulos negocia com a equipe do presidente para garantir sua participação em eventos de campanha. A estratégia é aproveitar a popularidade de Lula, especialmente entre eleitores que recebem até dois salários mínimos, segmento em que Boulos busca crescer. Principal adversário na disputa, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) pontua melhor nesse segmento.

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