VÍDEO – Correios podem ter app “mais humano” para substituir Uber e iFood, diz ministro

Atualizado em 4 de outubro de 2023 às 14:43
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, em audiência na Comissão Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. Foto: Reprodução

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que a empresa Uber pode sair do Brasil “se quiser” e que outros concorrentes vão ocupar o mercado deixado por ela. Ele sugeriu que os Correios poderiam criar uma alternativa “mais humana” para trabalhadores que dependem de aplicativos.

“A imprensa disse ‘e se a Uber sair do Brasil?’. Primeiro: que a Uber não vai sair do Brasil porque é o primeiro, o mercado número um da Uber é o Brasil. Segundo: se quiser sair, o problema é só da Uber, porque outros concorrentes ocuparão esse espaço como é no mercado normal”, afirmou Marinho.

A declaração ocorreu em audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados nesta quarta (4). Ele diz que defende a ideia de usar a estatal na função para gerar emprego “sem a neura do lucro dos capitalistas”.

“Eu provoquei os Correios para que se estudasse, porque eu acho que deveria se estudar, e montar um aplicativo para se colocar de forma mais humana para os trabalhadores que desejarem usar o aplicativo dos Correios para poder trabalhar sem a neura do lucro dos capitalistas, que é o caso que acontece com Uber, iFood”, completou.

Essa não é a primeira vez que o ministro minimiza a possibilidade de empresas de aplicativos deixarem o país em caso de regulamentação. Em março deste ano, durante reunião da FPE (Frente Parlamentar do Empreendedorismo), ele disse que debatia a regulação desse tipo de companhia para criar um “enquadramento legal” contra elas.

Na ocasião, ele afirmou: “E se a Uber e se as plataformas não gostarem do processo de formalização? Eu sinto muito. Tem uma lei vigente no Brasil e todos nós somos sujeitos a ela”. Marinho afirma que o objetivo da regulamentação é garantir proteção social e valorização dos trabalhadores, e evitar “excesso de jornada”.

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