Na última semana, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi aos Estados Unidos participar da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) 2024. No evento que teve palestra do ex-presidente estadunidense Donald Trump, o filho do ex-presidente foi saudado por um influenciador de extrema-direita chamado Joseph Phillip Daniel, que ainda promoveu uma oração por ele.
Daniel ficou conhecido nos EUA em 2019 após ser demitido da rede de postos de gasolina Mobil. Na ocasião, ele se recusou a atender turistas mexicanas, acompanhadas de uma prima estadunidense, questionando se elas seriam “americanas” como ele, e que, portanto, as vítimas teriam de voltar ao México.
Entre as mexicanas, havia uma adolescente de 15 anos que, segundo a reportagem do DailyMail, dos Estados Unidos, ouviu do trumpista que seria “ilegal” elas estarem lá. Daniel ainda afirmou que “odeia essa agenda”, ao ser chamado de racista e intolerante pelas mulheres.
Ao fim da discussão, o novo colega de Eduardo disse ainda que o ICE, serviço de imigração e alfândega dos Estados Unidos iria prendê-las, e que Deus abençoaria elas antes da “última injeção”, em referência a uma suposta sentença de morte por imigração ilegal, de acordo com a ideologia de Joseph Daniel.
No encontro do dia 24, o último do evento conservador, o xenófobo proferiu uma oração para Eduardo, pedindo que Deus “use-o poderosamente no futuro, fazendo ele eficaz contra Lula (PT) e o estado profundo que é um câncer no Brasil”. “Obrigado por ele e pelo pai dele”, disse na reza o conservador.
Ainda no encontro que marcou a reunião de líderes e apoiadores da extrema-direita dos Estados Unidos, vazaram imagens que retratam os “costumes” defendidos pelos trumpistas. Em uma cena que viralizou, um homem aparece assediando uma mulher que, aparentemente, trabalhava no local. Após o constrangimento da vítima, ele gargalha e finaliza a importunação com uma saudação nazista.
No mesmo evento, supremacista branco assedia mulher com saudação nazista. Mostre pro seu tio bolsonarista, embora não vá fazer diferença. Essa é a “liberdade de expressão” que eles gostariam de ter. (2/2) pic.twitter.com/FV2hZLlYDM
— Maurício Ricardo (@MauricioRicardo) March 1, 2024