Eduardo Bolsonaro foi aos EUA participar de um evento picareta chamada Cyber Symposium, organizado pelo empresário Mike Lindell, CEO da MyPillow.
Eduardo deu a Lindell um boné do MAGA (“Make America Great Again”) que disse ter sido assinado por Donald Trump.
O presente estava com a dedicatória “Para Mike, um grande patriota”.
Lindel, uma espécie de Véio da Havan deles, se embananou para apresentar o brasileiro: “Temos o filho do presidente, Elduard, Eduardo, Barsana, Bar, Barsa, como se diz, Bars, Barsaron, Barsonaro, não… como?”
A palhaçada continuou até um estafeta lhe corrigir.
Lindell é um dos principais promotores de teorias de conspiração infundadas de fraude eleitoral.
Mentiu que tinha 37 terabytes de informações relacionadas à eleição para revelar no tal, que foi transmitido ao vivo em seu site.
O scripto é o mesmo de Jair Bolsonaro. Em seu discurso, Eduardo acusou a mídia de retratar o país como “racista” e “contra as mulheres” e chamou seu pai de “o presidente mais odiado de todos os tempos no Brasil” (pelo menos nisso não mentiu).
Steve Bannon, que estava lá, fez coro à pilantragem: “Bolsonaro vencerá a menos que seja roubado pelas máquinas”, afirmou, referindo-se às urnas eletrônicas.
De acordo com Seth Abramson, escritor e colunista da Newsweek com passagem por CNN, BBC e CBS, 20 figurões arquitetaram a invasão do Capitólio em Washington.
Um dos cabeças dessa tentativa de golpe era Lindell, que esteve em reunião com Eduardo na véspera.
Lindell: "We have the president's son, Elduard — Eduardo, coming here, Barsana — if I say it right, Bar, Barsa, how do you say it, Bars, Barsaron, Barsonaro, no … how?
Man off camera: Bolsonaro
Lindell: OK, Bolsonaro. He's going be coming her to speak in a couple hours. pic.twitter.com/GmHzAJdjkl
— Lis Power (@LisPower1) August 10, 2021