VÍDEO: Especialista diz que investigação da PF não bate com modus operandi do Hezbollah

Atualizado em 9 de novembro de 2023 às 9:22
Karime Cheaito, especialista em Líbano. Foto: reprodução

Karime Cheaito, especialista em questões relacionadas ao Líbano, afirmou que a investigação da Polícia Federal (PF) não bate com o modus operandi do Hezbollah. Na última quarta-feira (8), a PF conduziu uma operação e deteve duas pessoas sob a acusação de planejar atos terroristas no Brasil.

O objetivo da operação, intitulada “Tapiche”, foi interromper atividades preparatórias de terrorismo, e os alvos estariam ligados ao Hezbollah, que supostamente estaria planejando ataques contra edifícios da comunidade judaica no país.

Foram executados dois mandados de prisão temporária em São Paulo e 11 mandados de busca e apreensão, emitidos pela Subseção de Belo Horizonte (MG) e no Distrito Federal. Um dos detidos pela PF foi interceptado no Aeroporto de Guarulhos (SP).

“O Hezbollah é, antes de tudo, um grupo nacionalista libanês que é um extremo aliado do Irã. Uma arquitetura de um atentado no Brasil, dentro das especulações de hoje, precisaria de um diálogo ou, pelo menos, anuência do Irã. A questão é que essas acusações não correspondem com o histórico e o modus operandi do Hezbollah”, disse ao UOL News desta quarta-feira (8).

A especialista também destacou a importância de analisar como a PF conduziu as investigações e reiterou que as denúncias partiram de Israel. No X, antigo Twitter, Israel declarou que a Mossad, a agência de inteligência do país, colaborou com as atividades da PF no Brasil.

“A gente precisa ver como essas investigações foram feitas, lembrando que a PF foi acionada a partir de uma denúncia de suspeita que veio do serviço de inteligência israelense. Agora, a PF brasileira precisa investigar a consistência dessa investigação”, afirmou.

Assista abaixo:

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link