VÍDEO – “Eu sou uma merda, mesmo”: eleitora de Marçal se ajoelha e lamenta derrota em SP

Atualizado em 6 de outubro de 2024 às 20:37
Eleitora de Pablo Marçal se ajoelha após derrota do coach na eleição para prefeito de SP

Uma eleitora do coach Pablo Marçal (PRTB) foi flagrada em vídeo ajoelhando-se e lamentando diante da derrota de seu candidato a prefeito de São Paulo.

“Meu Deus, eu estou perdida. Eu estou exausta. Eu fiz tudo o que eu podia, mas quem sou eu? Eu sou uma merda, mesmo”, diz ela, enrolando uma bandeira do Brasil, cercada de PMs. “Meu título vai ser rasgado. Eu não voto mais”.

Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) vão disputar o segundo turno.

A corrida eleitoral entrou na reta final com um empate triplo nas pesquisas, destacando-se o picareta Marçal, inicialmente bem-recebido entre os eleitores de direita.

Ao longo da campanha, sua estratégia incluiu a disseminação de fake news e ofensas pessoais contra adversários. Na última sexta-feira (4), Marçal divulgou um laudo falso tentando vincular Boulos ao consumo de drogas.

O desembargador Silmar Fernandes, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), destacou em coletiva de imprensa neste domingo (6) que Marçal pode enfrentar a cassação de sua candidatura antes do segundo turno se for comprovada a fraude no laudo contra Boulos que o associava ao uso de cocaína. O documento foi divulgado nas redes sociais do sujeito na última sexta-feira (4).

“Havendo irregularidade, qualquer candidato pode ser cassado entre o primeiro e o segundo turno, depois do segundo turno e depois do diploma. Vai depender do tipo de ação, das provas produzidas. Pode ocorrer a qualquer momento. Quem desrespeita a legislação, tem punição. Ela pode demorar, mas ela chega”, afirmou Fernandes.

“Eu não posso avaliar porque não sei o que vai acontecer. Eu não sei nem se o laudo é falso ou se não é. Isso já está judicializado. Existe inquérito policial instaurado, existem medidas judiciais tomadas pelo juiz de garantias. Nós vamos apurar. Como qualquer cidadão nesse País, se cometeu um crime, vai responder por isso.”