VÍDEO: Ex-chefe do GSI diz que foi ao Planalto para “retirar” os terroristas no 8 de janeiro

Atualizado em 19 de abril de 2023 às 18:24
O ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Gonçalves Dias. Foto: Reprodução/GloboNews

Gonçalves Dias, que pediu demissão do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) nesta quarta (19), afirmou que foi ao Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro para retirar os terroristas do local. O general disse que tentou evacuar dois dos andares superiores e colocar os bolsonaristas no segundo, para que fossem presos pela Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF).

“Eu cheguei ao palácio quando os manifestantes tinham rompido o bloqueio da Polícia Militar na altura do Ministério da Justiça. Aquela turba desceu e praticamente invadiu o palácio. A maior parte do pessoal que invadiu o palácio subiu pela rampa. Como o palácio nos seus 360 graus é composto por vidro, as pessoas não entraram pelas portas, as pessoas quebraram os vidros. Esse vidro tem doze milímetros, extremamente vulnerável”, afirmou em entrevista à GloboNews.

“Eu entrei no palácio depois que o palácio foi invadido e estava retirando as pessoas do 3º e 4º piso, para que houvesse a prisão no 2º”, completou.

Veja:

Imagens divulgada pela CNN Brasil nesta quarta (19) mostram Dias no palácio junto de outros agentes do GSI. A emissora sugeriu que eles estariam orientando os invasores e que os servidores não tiveram “nenhuma ação para deter os criminosos”.

O ex-ministro participaria de sessão da comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados nesta quarta (19) para falar sobre o ataque. Ele faltou e alegou “motivo de saúde” para sua ausência.

Dias pediu demissão do cargo após a divulgação das imagens. A solicitação foi feita depois de uma reunião com o presidente Lula e outros ministros do governo, e ele deve ficar afastado da função até o fim das investigações sobre o caso.

O governo divulgou uma nota após a demissão e, sem citar Dias, afirmou que “não haverá impunidade para os envolvidos nos atos criminosos”.

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