Onze pessoas morreram e 4 mil ficaram feridas nesta terça (17) após explosões em sequência de pagers, um dispositivo eletrônico de comunicação, no Líbano. Os aparelhos eram usados por membro do grupo armado Hezbollah, que acusa Israel de uma ação coordenada.
A onda de explosões durou cerca de uma hora no país e a principal suspeita é que os pagers tenham sido hackeados. Uma menina e dois integrantes do Hezbollah morreram. Uma câmera de segurança flagrou o momento em que aparelhos explodem em um supermercado em Beirute:
Mais de 50 ambulâncias e 300 equipes médicas de emergência foram acionadas para socorrer as vítimas, segundo a Cruz Vermelha Libanesa. Mojtaba Amani, embaixador do Irã no Líbano, foi um dos feridos pela explosão e sofreu danos leves, de acordo com o órgão de representação diplomática.
Os pagers são usados por membros do Hezbollah para evitar que eles sejam monitorados. O líder do grupo, Hassan Nasrallah, pediu a substituição de smartphones pelos dispositivos porque Israel teria tecnologia para se infiltrar em itens mais modernos.
Logo após as explosões, o governo libanês pediu para que todos os cidadãos que possuem pagers joguem o aparelho fora. À agência de notícias Reuters, um representante do Hezbollah afirmou que a detonação dos objetos foi a “maior falha de segurança” do grupo desde o início da guerra com Israel.
O conflito entre Israel e Hezbollah se intensificou no ano passado, após os ataques do Hamas de 7 de outubro e a guerra na Faixa de Gaza. A tensão entre os libaneses e o país comandado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu piorou após a morte do comandante Fuad Shukr, em Beirute, ocasião em que o Irã e aliados prometeram vingança.
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