Indicado pelo presidente Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino já assumiu que é comunista durante entrevista e deu aulas a jornalistas de direita. Em 2019, durante participação no canal “MyNews”, no YouTube, ele foi questionado sobre o tema e esclareceu sua posição.
“Sou comunista, graças a Deus”, afirmou Dino, então governador do Maranhão pelo PCdoB. Ele foi alvo de provocações dos jornalistas Carlos Andreazza e Mariliz Pereira Jorge, que questionaram se não seria “incoerente” se declarar comunista e se ele seria um “comunista de iPhone”, mas prosseguiu:
“Claro, a tecnologia é essencial, nós queremos que todos tenham tecnologia. Essa é a diferença: alguns querem que a tecnologia seja para poucos, nós queremos que seja para todos”.
O GADO FLOPOU: os bolsonaristas já estão irados com o Flávio Dino no STF. A hora que descobrirem este vídeo dele CONFESSANDO SER COMUNISTA, haverá um surto coletivo. Bora puxar:
VINGADORES NO STF
BOLSONARO MORREU pic.twitter.com/fy81w22Uvi
— Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) November 27, 2023
Vale lembrar que Andreazza ajudou a popularizar o guru da extrema-direita Olavo de Carvalho. Mariliz, por sua vez, ficou conhecida por ser antipetista e chegou a defender que Maria do Rosário pudesse ser chamada de “puta” por Danilo Gentili.
Dino também foi questionado sobre “o que é ser um comunista” e explicou que defende princípios como “partilha” e “solidariedade”.
“Ser comunista é isso: defender a comunhão, a partilha, a Justiça social. São valores que devem ser sempre atualizados. Se a gente olhar que esses princípios são fora de moda, significa que a sociedade fracassou. Nós acreditamos na solidariedade, na convivência, na partilha”, prosseguiu.
Ele ainda apontou que todos os sistemas econômicos possuem “acertos e erros”, e que não deveria existir mais uma “dogmatização” sobre o termo “comunista”. “Nós temos uma perspectiva muito clara: a riqueza tem que ser partilhada com mais justiça e oportunidades”, finalizou.