VÍDEO – Gayer ataca PF e Moraes após ser alvo de busca e apreensão: “Jagunços de um ditador”

Atualizado em 25 de outubro de 2024 às 10:11
Deputado federal Gustavo Gayer: ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta sexta — Foto: Reprodução

O deputado federal bolsonarista Gustavo Gayer (PL) criticou a Polícia Federal (PF) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após ser alvo de uma operação da PF na manhã desta sexta-feira (25).

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Gayer afirmou que a ordem veio de Moraes: “Eu falei para a PF que estava aqui. Não estou acreditando que essa corporação que a gente tanto admirou, que a gente tanto tentou proteger, hoje viraram jagunços de um ditador. Sinceramente, esse é o momento que a gente começa a perder a esperança, mesmo.”

As buscas foram realizadas em seu endereço em Goiânia e no apartamento funcional em Brasília. A PF também revistou a residência de um assessor do deputado, onde foram apreendidos aproximadamente R$ 72 mil em espécie.

“Esse é o Brasil que a gente está vivendo agora, é surreal o que estamos vivendo. Onde isso vai parar? Vieram à minha casa, levaram meu celular, HD, essa democracia relativa está custando caro para o nosso país. Eu não sei o por quê estão sofrendo busca e apreensão, numa sexta-feira, dois dias antes das eleições, claramente tentando prejudicar o meu candidato Fred Rodrigues”, acrescentou Gayer.

A operação mobilizou cerca de 60 policiais e, além do mandado contra Gayer, foram cumpridas outras 18 ordens de busca autorizadas pelo STF em cidades como Brasília (DF), Cidade Ocidental (GO), Valparaíso de Goiás (GO), Aparecida de Goiânia (GO) e Goiânia (GO).

Os investigados estão sob suspeita de crimes como associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documentos e peculato-desvio. Nomeada “Discalculia”, a operação recebeu este nome em referência ao transtorno de aprendizagem relacionado a dificuldades com números.

De acordo com a PF, o objetivo da operação é “desarticular uma associação criminosa que desviava recursos públicos da cota parlamentar e falsificava documentos para criar uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP)”.

Além disso, a investigação revelou uma tentativa de falsificar a data de constituição de uma Oscip, constando como de 2003, e com um quadro social que incluía crianças de 1 a 9 anos.