VÍDEO: GCM de São Paulo agride refugiado sírio que foi vítima do crime de estelionato

Atualizado em 18 de julho de 2018 às 8:21

O vídeo acima mostra o refugiado sírio Jadallah Al Ssabah sendo retirado de um estabelecimento que ele reformou em São Paulo pela Guarda Civil Metropolitana, depois de assinar um contrato de aluguel. Quem conta é Mariana Tambelli, em post publicado no Mídia Ninja:

Jadallah Al Ssabah é um refugiado sírio que passou 4 anos juntando todas suas economias de pequenos bicos que conseguiu no Brasil para montar um negócio próprio. 

Em maio desse ano conseguiu alugar um pequeno lugar para vender Xauarma e esfirras. Passou 45 dias reformando o local que estava totalmente destruído, comprou equipamentos de cozinha, geladeiras entre outros utensílios. No dia em que abriu seu restaurante a prefeitura de São Paulo apareceu no estabelecimento dizendo que o local era dela e removeu arbitrariamente todos os pertences do vendedor.

O local estava abandonado hhavia mais de 3 anos, tanto é que foi alvo de um crime de estelionato, e a prefeitura, além de se beneficiar ilicitamente do crime sofrido pelo refugiado, ainda confiscou todos os seus equipamentos.

.x.x.x.

O DCM recebeu a seguinte nota da Prefeitura de São Paulo:

ESCLARECIMENTO

A Prefeitura Regional Sé informa que desocupou uma área pública invadida, localizada na Rua Galvão Bueno, 147, na manhã de ontem (16). A medida foi necessária após constatação de não cumprimento do prazo de 15 dias para desocupação do imóvel. Um agente vistor da Regional esteve no local e intimou o proprietário para a desocupação no dia 26 de junho. Todos os pertences foram lacrados e armazenados no depósito da Regional Sé.

Para reaver os pertences, o responsável deve comparecer à Prefeitura Regional Sé, na Rua Álvares Penteado, 49 – 2º andar, apresentar os contra lacres e abrir um processo com a solicitação. Quanto à ação da GCM, a guarda apoiou o trabalho dos agentes da Prefeitura Regional. A Corregedoria está à disposição para registrar eventuais queixas sobre a conduta dos guardas para apurar as circunstâncias em que ocorreu a abordagem.

Atenciosamente, Prefeitura de São Paulo.