VÍDEO: “Governo fará nova revisão na faixa de isenção do IR em 2024”, diz Haddad

Atualizado em 23 de janeiro de 2024 às 10:27
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (Foto: Reprodução)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo realizará uma nova revisão na faixa de isenção do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) em 2024. A revisão, segundo Haddad, é motivada pelo aumento do salário mínimo, e foi solicitada pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Nós vamos fazer uma nova revisão esse ano, até por conta do aumento do salário mínimo, presidente [Lula] já pediu uma análise para nós acertarmos a questão da faixa de isenção”, disse Haddad na segunda-feira (22), durante sua participação no Programa Roda Viva, da TV Cultura.

Em maio do ano passado, o governo já havia alterado a faixa de isenção do imposto de renda, elevando-a de R$ 1.903,98 para R$ 2.112. No entanto, com a mudança no salário mínimo para R$ 1.412 em janeiro deste ano, pessoas que recebem até dois salários mínimos, agora equivalentes a R$ 2.824, voltarão a ser tributadas, segundo alerta da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco).

A reforma tributária dos impostos sobre consumo, promulgada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2023, prevê um prazo de 90 dias para o governo apresentar propostas de mudanças na taxação sobre a renda ao Congresso.

Haddad destaca que a equipe econômica busca inspiração nas melhores experiências internacionais, visando reduzir a carga tributária sobre o consumo e equilibrar a taxação entre diferentes faixas de renda.

“O Brasil cobra muito imposto sobre consumo, o que onera mais o pobre do que o rico, que consome mais em proporção da renda do que o rico, e cobra pouco sobretudo de quem ganha muito”, afirmou.

Reforma Tributária

Além da revisão na faixa de isenção do IRPF, o governo também se concentrará na regulamentação da reforma tributária ao longo deste ano.

A proposta inclui a definição dos itens da cesta básica isentos de futuros impostos sobre consumo federal, estadual e municipal, bem como a implementação do “cashback”, que consiste na devolução de parte do imposto pago às famílias de baixa renda.

Relação com Bacen

Sobre a relação entre governo e Banco Central, Haddad destacou que, apesar dos desafios, as equipes do Ministério da Fazenda e do BC têm desempenhado um papel institucional construtivo.

Questionado sobre a indicação à presidência do BC, o ministro menciona que ainda não discutiu o assunto com Lula, mas a decisão pode ser tomada “mais para o meio do ano”. Lula já indicou quatro diretores em 2023, sem especificar quem ocupará a presidência do BC.

“Presidente [Lula] convidou quatro diretores que ele indicou para serem diretores, evidentemente que um deles pode ser designado para presidente [do Banco Central] ou presidente [Lula] convidar uma pessoa que ainda não tá no BC”, disse.

Assista a entrevista completa:

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