O pastor bolsonarista Lucinho Barreto, que se tornou alvo de investigação da Polícia Civil após dizer que já havia beijado a boca da própria filha, já relatou ter feito o mesmo com o filho, Davi, que à época tinha 8 anos. A declaração ocorreu há 11 anos, durante uma pregação, e ele argumentou que queria saber se a criança seria homossexual.
“Você é gay? Você vai ser gay sabe com quem? Comigo. Nós dois somos homens, vou beijar a sua boca. Que nós dois vamos ficar aqui dentro dessa casa, que não te largo por nada nessa vida, que vou cuidar de você, porque não te pus nesse mundo pra você ser cobaia do capeta”, afirmou o pastor na ocasião.
“E nós vamos virar macho nos dois, caramba. Eu e meu filhinho Davi, de 8 anos, a gente beija na boca até hoje. Esse menino vai querer beijar na boca de quem se ele já beijou? Alguém chegar pra ele e falar assim ‘dá um beijo aqui, veio’; [ele responde] ‘ih, veio, já tô beijando um homem aí’”, prosseguiu.
— Caique Lima (@Caiquetelevanto) May 6, 2024
Pastor da Igreja Batista de Lagoinha, Lucinho relatou que havia beijado a filha forçadamente na boca quando ela era criança. Após a repercussão do caso, ele e sua filha, Emily Barreto Bichara, se justificaram sobre o caso.
A filha argumentou que foi “no máximo selinho de pai e mãe” e reclamou que usuários das redes sociais estariam “cortando e fazendo loucuras com o trecho” da pregação. O pastor, por sua vez, disse que o beijo foi “inocente e puro, com intuito de levantar a autoestima, nada além disso”.
Mesmo com as alegações do religioso e de Emily, a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente de Belo Horizonte (MG) investiga o caso.