VÍDEO – Israel diz que Lula não será bem-vindo no país até que peça desculpas: “Persona non grata”

Atualizado em 19 de fevereiro de 2024 às 9:43
Israel Katz e Lula. Foto: reprodução

O governo de Israel declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é uma “persona non grata”. A decisão aconteceu após o petista comparar ações de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus na Segunda Guerra.

“Tais comparações são inaceitáveis e constituem um insulto à memória do Holocausto. Esperamos uma retratação”, afirmou o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, à imprensa, na manhã desta segunda-feira (19), ao lado de Frederico Meyer, embaixador brasileiro em Israel.

“Não perdoaremos e não esqueceremos – em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao Presidente Lula que ele é uma persona non grata em Israel até que ele peça desculpas e se se retrate”.

Ele afirmou também que “a comparação do presidente brasileiro Lula entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as ações de Hitler e dos nazistas, que exterminaram 6 milhões de judeus, é um grave ataque antissemita que profana a memória daqueles que morreram no Holocausto”.

O governo Netanyahu acusou o líder brasileiro de banalizar o morticínio nazista ao compará-lo com a situação em Gaza. Os comentários de Lula ocorreram durante a coletiva que o petista concedeu a jornalistas pouco antes de deixar a Etiópia e retornar ao Brasil.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula ao criticar a decisão de países ocidentais de suspenderem os aportes para a agência da ONU para os refugiados palestinos, (UNRWA, na sigla em inglês).

Os comentários de Lula causaram indignação em Netanyahu, que os classificou como “vergonhosos e graves”.  “Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler é ultrapassar uma linha vermelha. Israel luta por sua defesa e garantia do seu futuro até a vitória completa”, disse Netanyahu.

Como resposta, Israel Katz convocou o embaixador brasileiro para uma reprimenda no memorial do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém, agendada para esta segunda-feira.

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