Fascismo, Ledinha… pic.twitter.com/VEJHAYvG0K
— Rodrigo Constantino (@Rconstantino) November 5, 2020
Vera Magalhães está apanhando da milícia digital bolsonarista por conta da posição correta dela sobre o caso Rodrigo Constantino, que fez uma manifestação sobre o estupro sofrido por Mariana Ferrer que o torna conivente com o crime.
A ação parece organizada.
Leda Nagle, estrela da extrema direita, fez um vídeo em que, sem citar nomes, detona a jornalista e defende Constantino.
O ex-comentarista da Jovem Pan aproveitou a deixa, compartilhou o vídeo e acusou seus críticos de terem um comportamento que é próprio dele e de seus análogos.
“Fascismo, Ledinha”, disse ele, depois de afirmar que, se tivesse uma filha estuprada nas condições em que Mariana foi abusada, a deixaria de castigo e não denunciaria os criminosos.
É o comportamento típico de todo extremista. Acusa os outros da prática que é deles, não dos democratas.
Jair Bolsonaro, por exemplo, já defendeu a tortura de adversários políticos (“ponta da praia”) e, no entanto, costuma se apresentar como cruzado da liberdade.
Não cola mais.
Vera Magalhães já foi muito criticada pelo DCM. Mas, neste caso, ela é atacada pelos motivos errados.
A jornalista obcecada por Lula expos Constantino agora e Damares Alves no passado, quando colocou em dúvida o estupro que ela disse ter sofrido quando criança.
Faz sentido. Damares conta uma história em que os algozes são confundidos e, quando aponta o dedo para um tio estuprador e pedófilo, não cita o nome dele.
Parece muito mais, neste caso, um testemunho falso, como ocorre em igrejas evangélicos, um comportamento típico de quem quer atrair seguidores e simpatizantes.
No caso de Mariana Ferrer, a situação é diferente.
Ela nem sabia a identidade do criminoso.
Quem descobriu foi a polícia, mas o sistema de justiça, indiscutivelmente, se colocou ao lado do estuprador e, não fosse a coragem dela, o caso morreria ali e o crime triunfaria.
A politização de assuntos e fatos do cotidiano é natural. Mas há um limite. Constantino o ultrapassou, assim como Leda Nagle, ao equiparar Vera Magalhães a gorilas do regime militar.
Não cola, não pode colar.