Nesta terça (4), Lula assumiu a presidência rotativa do Mercosul. O Brasil estará no comando do bloco de países pelos próximos seis meses e o petista defendeu uma resposta “rápida e contundente” às condições propostas pela União Europeia para a conclusão de acordo comercial.
“O Instrumento Adicional apresentado pela União Europeia em março deste ano é inaceitável. Parceiros estratégicos não negociam com base em desconfiança e ameaça de sanções. É imperativo que o Mercosul apresente uma resposta rápida e contundente”, afirmou.
O presidente recebeu o comando do bloco, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, durante a cúpula do grupo, em Puerto Iguazú. O comando foi passado do presidente argentino, Alberto Fernández, que avaliou que Lula “vai conduzir o Mercosul com coragem no próximo semestre”.
Veja:
???? Presidente Lula assume a presidência rotativa do MERCOSUL. Cargo é exercido por um período de 6 meses.
Durante discurso de posse, o presidente brasileiro reafirmou o compromisso com a conclusão do acordo com a União Europeia. pic.twitter.com/467RAC7Ola
— Eixo Político (@eixopolitico) July 4, 2023
Além da negociação com a União Europeia, o Mercosul participa de conversas sobre outros acordos comerciais com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), Canadá, Singapura, Indonésia e Vietnã.
“Partindo dessas premissas, vamos revisar e avançar nos acordos em negociação com Canadá, Coreia do Sul e Singapura. Vamos explorar novas frentes de negociação com parceiros como a China, a Indonésia, o Vietnã e com países da América Central e Caribe”, afirmou Lula.
O presidente ainda voltou a defender a adoção de uma moeda comum entre os países, para substituir o dólar e contribuir “para reduzir custos e facilitar ainda mais a convergência”. “Falo de uma moeda de referência específica para o comércio regional, que não eliminará as respectivas moedas nacionais”, prosseguiu.