Nesta quinta-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcou presença no 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Brasília, e disse que o Brasil conheceu o fascismo e o nazismo durante os quatro anos de gestão de Jair Bolsonaro (PL).
“Vocês precisam compreender uma coisa: como a democracia é importante. Há muito pouco tempo vocês conheceram o que é o fascismo, vocês conheceram o que é o nazismo, vocês conheceram apenas em quatro anos como é que se pode destruir a democracia e destruir as conquistas que às vezes a gente leva séculos para conquistar”, afirmou.
O chefe do governo, que esteve acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, e do ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, continuou: “E eu espero que a gente tenha aprendido uma lição, a lição de que a democracia pode não ser a coisa mais perfeita que a humanidade criou, mas não tem nada igual ela”.
“Há pouco tempo, vocês conheceram o fascismo e o nazismo. Vocês conheceram, apenas em quatro anos, como é que se pode destruir a democracia”, diz @LulaOficial no Congresso da UNE. pic.twitter.com/qfBvAG4ajE
— Metrópoles (@Metropoles) July 13, 2023
No congresso estudantil, que teve início na quarta-feira (12) e vai até domingo (16) na capital federal, jovens entregaram a Lula uma carta com as principais demandas da área de educação.
De acordo com o petista, as pautas que foram reinvindicadas são “longas, árduas e apimentadas”, mas que uma gestão como a dele é capaz de aprovar as ideias propostas pelos estudantes.
No primeiro dia do evento, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi vaiado por algumas pessoas ao discursar. Ele defendeu a democracia e a liberdade, falando em superar a ditadura e o bolsonarismo.
“Eu saio daqui com a energia renovada. Pela concordância e pela discordância. Porque essa é a democracia que nós conquistamos. Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo, para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, pontuou o magistrado.
Já nesta quinta, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), definiu a declaração de Barroso como “inadequada, inoportuna e infeliz”. “Na data de ontem, em Congresso da União Nacional dos Estudantes, utilizei a expressão ‘Derrotamos o Bolsonarismo’, quando na verdade me referia ao extremismo golpista e violento que se manifestou no 8 de janeiro e que corresponde a uma minoria”, explicou o ministro.
“Jamais pretendi ofender os 58 milhões de eleitores do ex-presidente nem criticar uma visão de mundo conservadora e democrática, que é perfeitamente legítima. Tenho o maior respeito por todos os eleitores e por todos os políticos democratas, sejam eles conservadores, liberais ou progressistas”, completou Barroso.