VÍDEO: Lula chama Bolsonaro de “genocida” e se desculpa com Fernández pelas “grosserias” do ex-capitão

Atualizado em 23 de janeiro de 2023 às 16:16
Lula e Alberto Fernández (Foto: Presidência da República)

Nesta segunda-feira (23), em discurso ao lado do presidente da Argentina, Alberto Fernández, o presidente Lula (PT) pediu desculpas ao povo argentino pelas “grosserias” proferidas contra ele por Jair Bolsonaro (PL), a quem se referiu como “genocida”.

“Estou pedindo desculpas para o povo argentino por todas as grosserias do último presidente brasileiro [Jair Bolsonaro] – que eu trato como genocida por conta da falta de cuidado na pandemia – e por todas as ofensas que ele fez contra Fernández”, disse.

O presidente afirmou ainda que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não respeitou a Constituição e se meteu nas Forças Armadas. Ele ainda disse esperar que a mudança no comando do Exército traga de volta a normalidade da relação.

O ex-comandante do Exército general Júlio César de Arruda foi demitido do cargo no sábado (21), menos de um mês depois de ter assumido. “Eu escolhi o comandante do Exército (Arruda) e não foi possível dar certo”, disse Lula.

“O que aconteceu é que Bolsonaro não respeitou a Constituição e não respeitou as Forças Armadas. E tenho certeza que vamos colocar as coisas no lugar. O Brasil vai voltar à normalidade”, afirmou. “As Forças Armadas não existem para servir a um político e sim para proteger o povo brasileiro.”

Confira:

O petista também disse que está de volta “para fazer bons acordos com a Argentina” e que pretende retomar a boa relação que os dois países tinham durante seus governos anteriores: “A relação do Brasil com a Argentina será a melhor entre todos os países da América do Sul”.

“Hoje é a retomada de uma relação que nunca deveria ter sido cortada. A minha presença é para dizer ao meu amigo Alberto Fernández que nós vamos reconstruir aquela relação de paz, aquela relação produtiva e avançada de dois países que nasceram para crescer, se desenvolver e gerar melhores condições de vida a seu povo”, afirmou.

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