O Papa Francisco abençoou neste sábado (18) a bandeira do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Verona, na Itália.
A benção foi a pedido do líder do movimento, João Pedro Stedile, que viajou ao país para participar do evento “Arena da Paz”, um encontro público do pontífice com integrantes de movimentos populares.
Um vídeo compartilhado pelo portal Vatican News mostra o momento em que o dirigente do MST estende a bandeira para o papa.
Stedile também discursou no evento com o pontífice, no qual, além de transmitir um abraço do Movimento ao sumo pontífice, relembrou frases do “Bispo dos Sem Terra”, D. Pedro Casaldáliga: “Malditas sejam todas as cercas. Maldita seja a propriedade privada”.
Ex-moradores de rua vão encontrar Papa Francisco na quarta-feira
O gastrólogo e professor Ricardo Frugoli, de 54 anos, embarca neste domingo (19) com sete ex-moradores de rua para a Itália, onde serão recebidos na quarta-feira (22) pelo Papa Francisco no Vaticano. Um dia antes, o grupo irá falar sobre insegurança alimentar na FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura).
“Imagina só, o cara saiu da Princesa Isabel e vai ser recebido com coquetel e honras na Embaixada de Roma, na ONU e no Vaticano”, disse Frugoli, idealizador do projeto Pão do Povo da Rua, à Folha de S.Paulo.
A “comitiva do pão” é como se autointitula a delegação escolhida a dedo entre os 28 acolhidos atualmente pelo projeto. São pessoas que passaram pela rua, albergues e cracolândia, em sua maioria ex-usuários de drogas, que colocam a mão na massa – como padeiros, cozinheiros e confeiteiros formados pela ONG –, para alimentar os sem-teto. Todos os membros da equipe são remunerados, com contrato fixo e salários iniciais a partir de R$ 1.750.