Nesta terça-feira (17), um ataque aéreo ao hospital Al-Ahli Arabi Baptist, na Faixa de Gaza resultou na morte de pelo menos 500 pessoas. Em meio aos destroços e os corpos espalhados, os médicos que ali trabalham concederam uma entrevista coletiva para chamar a atenção do mundo para a crise na região.
A incerteza em relação à origem dos ataques persiste. Enquanto alguns veículos de imprensa alegam que o hospital era controlado pelo Hamas, as Forças de Defesa de Israel (FDI) negam responsabilidade e afirmam que o foguete que atingiu o hospital não partiu do território israelense. Uma terceira corrente acusa o grupo armado Jihad Islâmica.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, defendeu que um sistema de barreira israelense interceptou o artefato, fazendo com que o foguete caísse e atingisse o hospital de al-Ahli. Ele enfatizou que o ataque foi realizado pelos “terroristas bárbaros em Gaza”, e não pelo seu Exército.
Essa cena entrará para a história como uma das mais simbólicas do GENOCÍDIO PALESTINO.
Médicos do hospital Al Ahli Arab (Gaza Baptist Hospital) em entrevista coletiva em meio aos mortos do bombardeio assassino de "israel".pic.twitter.com/lolxfHn5gT
— FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil (@FepalB) October 17, 2023
Enquanto isso, as autoridades de saúde em Gaza relatam um alto número de vítimas nos intensos bombardeios por parte de Israel nos últimos 11 dias. Os militantes do Hamas invadiram cidades israelenses, resultando na morte de mais de 1.300 soldados e civis.
O Hamas alega que o hospital bombardeado abrigava pessoas deslocadas. Uma autoridade de alto escalão da Autoridade Palestina, que opera na Cisjordânia mas não em Gaza e é reconhecida internacionalmente, descreveu a situação como um “massacre”. A crise na região continua gerando controvérsia e preocupações internacionais.