VÍDEO: Ministra Sônia Guajajara cobra governo Bolsonaro por genocídio Yanomami

Atualizado em 22 de janeiro de 2023 às 0:42
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara (PSOL). Imagem: TV Brasil

Em entrevista coletiva após vistoriar a situação calamitosa dos Yanomami, em Roraima, a ministra Sônia Guajajara (PSOL), dos Povos Indígenas, afirmou que é preciso “responsabilizar a gestão anterior” pelo agravamento do estado de saúde de grande parte dos indígenas da região. Assista ao vídeo no final da página.

“Precisamos responsabilizar a gestão anterior por ter permitido que essa situação se agravasse ao ponto de a gente chegar aqui e encontrar adultos com peso de crianças e crianças em situação de pele e osso”, afirmou Guajajara, que estava acompanhada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela afirmou, também, que o presidente está “com todo o comprometimento” para resolver o problema.

Com o avanço do garimpo ilegal, o governo está investigando a suspeita de que o povo Yanomami teria sido vítima de genocídio. Apenas em 2022, 99 crianças morreram com quadros de desnutrição, pneumonia e diarreia. O Ministério dos Povos Indígenas afirma também que mais 570 crianças morreram de contaminação por mercúrio, desnutrição e fome, mas não informou o período exato em que os óbitos teriam ocorrido. A Polícia Federal vai investigar o crime por parte de agentes públicos.

Ao ser questionado sobre a situação, Lula demonstrou incredulidade com as cenas que viu. “Eu, sinceramente, não acreditava. Eu não queria crer que eu ia ver as pessoas com a fome que essas pessoas têm. E eu vi as criancinhas bem magrinhas, bem desnutridas, significa que essas crianças precisam tomar vitaminas. Uma das formas da gente resolver isso é montar o plantão da saúde nas aldeias, para cuidar deles lá. Fica mais fácil transportar 10 médicos do que transportar 200 indígenas que estão aqui”, afirmou o presidente da República. O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), também estava na comitiva.

Assista abaixo às falas de Guajajara e Lula sobre a calamidade humanitária dos Yanomami: 

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