Uma intensa troca de acusações marcou a sessão da CPMI dos Atos Golpistas nesta quinta-feira (21). A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) discutiram após Feghali acusar o bolsonarista de manter um comportamento inadequado na Comissão Parlamentar.
Durante a sessão, Nikolas atacou parlamentares progressistas, incluindo o pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), enquanto Feghali, em determinado momento, chamou o deputado de “moleque”. O clima então se tornou tenso com troca de acusações e insinuações.
Durante a discussão, Jandira desafiou o bolsonarista: “Fala o que você quer falar que você vai ver o que você vai tomar pela cara”. No entanto, Nikolas entendeu como uma ameaça, alegando que teria falado de “tapa na cara”, o que não aconteceu. “Se eu falo que iria bater na cara de uma mulher aqui, tava todo mundo levantando aqui”. No Twitter, o deputado postou um trecho da briga que o desmente e escreveu: “Imagina se fosse o contrário”.
Imagina se é o contrário? pic.twitter.com/0lNiAnlzhT
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) September 21, 2023
Diante da confusão, o deputado Arthur Maia (União Brasil-BA) optou por suspender a sessão por cinco minutos. A sessão da CPMI dos Atos Golpistas convocou o ex-assessor da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), Wellington Macedo de Souza, envolvido no atentado à bomba no aeroporto de Brasília.
Nikolas Ferreira, conhecido por seu apoio ao clã Bolsonaro, enfrenta acusações de transfobia e exposição de uma adolescente trans. A juíza Kenea Marcia Damato de Moura Gomes, da 5ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte, aceitou uma representação do Ministério Público, tornando-o réu em mais um caso criminal.
Mais Cedo, Jandira também indagou Wellington sobre a participação no ministério de Damares Alves, mas ele não respondeu, e sobre denúncias anteriores em seu histórico. O bolsonarista riu ao ser relembrado de quando violou um corpo para criar uma fakenews sobre Covid-19, em 2020.