Um vídeo que viralizou nesta terça-feira (17) mostra mulheres afegãs se manifestando contra o grupo extremista Talibã.
Elas foram às ruas de Cabul, capital do Afeganistão, para protestar pelo direito ao trabalho e à segurança.
Com o movimento fundamentalista no poder, as mulheres passam ser privadas de uma série de direitos.
O uso do véu islâmico passa a ser obrigatório no país e elas podem ser proibidas até mesmo de trabalhar.
Em julho, o Talibã ordenou que líderes religiosos das províncias de Badakhshan e Takhar fornecessem uma lista de meninas com mais de 15 anos e viúvas com menos de 45 para casamentos forçados com guerrilheiros.
A jornalista iraniana Masih Alinejad compartilhou o vídeo do protesto em suas redes e afirmou:
“Essas mulheres corajosas saíram às ruas de Cabul para protestar contra o Talibã. Eles simplesmente reivindicam seus direitos, o direito ao trabalho, o direito à educação e o direito à participação política. O direito a viver em uma sociedade segura. Espero que mais mulheres e homens se juntem a eles.”
These brave women took to the streets in Kabul to protest against Taliban. They simplify asking for their rights, the right to work, the right for education and the right to political participation.The right to live in a safe society. I hope more women and men join them. pic.twitter.com/pK7OnF2wm2
— Masih Alinejad ?️ (@AlinejadMasih) August 17, 2021
Talibã tomou o palácio presidencial do Afeganistão
Um ex-funcionário de Ghani contou que o palácio presidencial está nas mãos do Talibã. A informação é do site Al Jazeera neste domingo (15).
O presidente afegão embarcou para Tajiquistão, que faz fronteira com o Afeganistão, segundo a agência Reuters. Abdul Sattar Mirzakwal, ministro do interior, relatou que estava havendo uma “transferência pacífica de poder”.
O Talibã assumiu o controle de Cabul após a retirada das tropas norte-americanas. Os soldados dos EUA estavam na capital afegã há duas décadas.
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