O presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Joseli Camelo, afirmou que não há “clima para anistia” de militares envolvidos em planos golpistas. Em delação à Polícia Federal, o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos se manifestou a favor de um plano de ruptura institucional.
“As investigações [sobre a tentativa de golpe] caminham dentro do devido processo legal, e eu não vejo clima para anistia. Não há nenhuma disposição nem do Supremo Tribunal Federal, nem do Congresso para que nós tenhamos a anistia”, afirmou Camelo em entrevista à GloboNews.
O magistrado diz que o o caso é “muito sério” e que é “muito pouco provável” que algum militar seja anistiado em caso de condenação.
Cid disse à PF que o ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniu, no ano passado, com a cúpula das Forças Armadas e ministros da ala militar para discutir uma minuta que abriria possibilidade para uma intervenção militar. Na ocasião, o então comandante do Exército, Freire Gomes, teria dito que não embarcaria no plano.
“É verdade que houve aquela reunião? Tudo indica que sim, mas isso não é uma prova de que houve. Houve aquela conversa? Foi colocada à disposição a Marinha? Isso tudo são ilações que são feitas em virtude de alguma coisa que vazou, mas pode ter vazado apenas uma parte”, diz Camelo sobre a delação de Cid.
“Não vejo clima para haver anistia”, afirma o presidente do Superior Tribunal Militar, tenente-brigadeiro Joseli Parente Camelo, sobre hipótese de perdoar militares em caso de condenação. “Não há nenhuma disposição, nem do STF, nem do Congresso, para que tenhamos anistia”.
— GloboNews (@GloboNews) September 27, 2023