O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente, sugeriu que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seria pior que Adolf Hitler. Durante discurso no Senado Federal, ele reclamou da operação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro, seus aliados e militares.
Ele diz que o ex-presidente e os outros alvos da Polícia Federal foram alvos de uma “devassa persecutória” e disse que “não vivemos em regimes totalitários, mas estamos caminhando para isso”.
“Nem Hitler ousou isso no começo da sua ascensão ao poder, limpando a área naquilo que ficou conhecido como caso Fritsch, que foi a demissão do então chefe do Estado Maior do Exército Alemão”, prosseguiu o senador.
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Mourão ainda acusa a Justiça Militar e os comandantes das Forças Armadas de “omissão” por não atuarem contra a as determinações do Supremo que miram militares.
“No caso das Forças Armadas, os seus comandantes não podem se omitir perante a condução arbitrária de processos ilegais que atingem seus integrantes ao largo da Justiça Militar. Existem oficiais da ativa sendo atingidos por supostos delitos, inclusive oficiais-generais. Não há o que justifique a omissão da Justiça Militar”, reclama.
Ele ainda afirmou que bolsonaristas devem “estar articulados” e convocou manifestações contra supostos “arbítrios que o STF vem cometendo”.
A operação desta quinta, a “Tempus Veritatis”, realizou diligências contra suspeitos de participar de organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.
Foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva. Entre os principais alvos da ação da PF estão Bolsonaro e os generais Augusto Heleno, ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), e Walter Braga Netto, ex-chefe da Casa Civil e ex-candidato a vice nas eleições de 2022.