Brasileiras é o décimo primeiro episódio da websérie “O Povo Pode”, sobre as caravanas do ex-presidente Lula no Nordeste, que está sendo financiada por crowdfunding. Veja os demais aqui.
Brasileiras, o título do décimo primeiro episódio da web série “O Povo Pode”, dirigida pelo cineasta Max Alvim, é uma homenagem às mulheres brasileiras, que estão no campo e na cidade defendendo suas famílias e seus direitos. Uma colcha bordada com a história de mulheres nordestinas que, através do apoio de programas como Bolsa Família, ganharam potência para promover cidadania nos territórios adversos onde vivem. Mulheres que enfrentam a miséria, trabalhando, estudando, cantando, dançando, como Maria Dilma: “sou pescadora, agricultora, faço crochê, planto mandioca e luto na roça”.
Maria Izaltina, líder quilombola de Brejão dos Negros, na Foz do Rio São Francisco, que formou a filha com a ajuda do Bolsa Família, denuncia a exploração do trabalho infantil de meninas que, por falta de opção, iam trabalhar em casas de família e eram abusadas:
“Eu fico triste quando chamam o Bolsa Família de ‘Bolsa Miséria’. O que você chama de Bolsa Miséria eu chamo de Bolsa Libertação! Porque eu cresci em um lugar onde eu via as meninas com 8, 9, 10 anos indo trabalhar na casa de alguém, iam para a capital para ajudar os pais, um trabalho quase escravo. Muitas destas meninas eram abusadas e voltavam grávidas. Hoje, se alguém vem aqui buscar alguma menina para trabalhar, não acha mais, as meninas estão na escola. foram programas como o ‘Bolsa Miséria’ (sic) que nos deram esta liberdade.”
A jovem Iva Mayara dos Santos, moradora da periferia de Aracajú, grávida adolescente em uma situação extremamente carente, sentiu-se empoderada, pela primeira vez, quando entrou para o Bolsa Família. Conseguiu estudar, se formar, entrar num empreendimento do Minha Casa, Minha Vida. Agora, é cadastrada no Bolsa Família e abriu mão do benefício, entregando sua carteira pessoalmente ao ex-presidente Lula (Capítulo 2 – Justiça Social).
“Tinha dias que eu não tinha nem água para dar a minha filha, e agora tenho tudo o que eu não tinha, eu me vejo bem melhor e podendo ajudar as pessoas que estão passando pelo que eu passei antes”.
Todas por todas. Mulheres liderando a luta social, ativistas rurais e urbanas.
Brasileiras que clamam não só pela igualdade de gêneros, mas por justiça.
Estudam, trabalham, sustentam. Tocam a vida, a casa, a roça, o barco, o comércio, a empresa, a comunidade, o país. Arrancam forças capazes de confrontar a velha e nefasta cultura patriarcal, formando uma nova configuração de ocupação social e política.
Lutam por mais espaço, mas ainda há um longo caminho de resistência contra a opressão, a invisibilidade, a exploração, a violência e a discriminação de cada dia.
“Embora a constituição diga que todo mundo é igual, a verdade é que a mulher ainda, embora possa ser engenheira, não ganha o mesmo que ganha o homem, embora possa ser advogada, não ganha o mesmo que ganha o homem. E se for mulher negra, ainda ganha menos que a branca! Assim é este país”, denuncia o ex-presidente Lula em seu discurso no ato dos movimentos sociais em João Pessoa, na Paraíba.
Em um ano de eleições tão complexo, como agora em 2018, para enfrentar agendas de retrocessos que atingem frontalmente as mulheres, é urgente fortalecer as redes de companheirismo e ampliar a representatividade feminina também nos cargos dos poderes executivo e legislativo.
Esta é mais uma das muitas narrativas de pessoas beneficiadas pelos programas sociais dos governos Lula e Dilma, retratados nos 12 capítulos da websérie e no longa metragem “O Povo Pode”.
O trabalho precisa ser finalizado e, para isso, contamos com você.
https://www.youtube.com/watch?v=IXAEKS2D34s
Isabella Chedid e Luiz Augusto de Paula Souza (Tuto)