Pacotes contendo ajuda humanitária lançados por aviões dos Estados Unidos sobre a Faixa de Gaza causaram pelo menos cinco mortes nesta sexta-feira (8), além de deixar outros dez palestinos feridos. O chefe de enfermagem do principal hospital no território em Gaza relatou o incidente, destacando a gravidade do ocorrido em uma região já devastada pelo genocídio promovido por Israel.
Segundo a Agence France-Presse, o chefe de enfermagem do hospital de Gaza, Mohamed al-Sheikh, afirmou que os pacotes de ajuda, lançados por aviões estadunidenses, atingiram áreas civis no campo de refugiados de Al-Shati, próximo da Cidade de Gaza, no norte do território.
Ainda de acordo com vídeos e relatos de moradores, alguns paraquedas dos carregamentos não abriram, resultando em uma queda abrupta sobre casas e pessoas. Veja:
⚡️????The parachutes of some of the aid packages dropped from US cargo planes to Gaza this morning did not open. —There are dead and injured people as a result of heavy aid packages falling on civilians.
— It is reported that at least 2 civilians died. pic.twitter.com/Kqr1GgzL1U
— UK R REPORT (@UKR_Report) March 8, 2024
Mohamed Al-Goul, morador de Gaza, relatou à AFP sua experiência durante o incidente, afirmando que a carga caiu “como um foguete” no telhado de uma casa. Ele testemunhou a cena de pessoas carregando cadáveres e outras feridas em meio ao caos causado pela queda dos pacotes.
Os Estados Unidos, juntamente com outros países como Jordânia e França, têm realizado lançamentos de alimentos e itens de ajuda humanitária sobre Gaza, um território que enfrenta uma grave crise humanitária devido aos constantes bombardeios israelenses.
A prática de lançar ajuda humanitária por aviões é rara em regiões urbanas justamente por riscos como o ocorrido em Gaza. Países como o Brasil preferem enviar a ajuda humanitária por vias terrestres, partindo de locais próximos, como o Egito. Porém, parte dos alimentos e produtos de higiene não passam de barreiras impostas por Israel na fronteira com a nação africana.
Desde o início do cerco imposto pelo governo sionista de Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, a população local enfrenta escassez de alimentos e recursos básicos, com muitos à beira da fome.