O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, revelou, em entrevista para a CNN, na noite de sexta-feira (24), indícios de uma suposta “armação” para colocar o nome de Sergio Moro (União-PR) em evidência no caso de um suposto plano do PCC para assassinar autoridades.
“O que nós questionamos – e é natural que o presidente Lula tenha feito esse questionamento – é um conjunto de coincidências que ocorreram no dia da operação e que no mínimo devem ser analisadas. A doutora Gabriela Hardt, em primeiro lugar, não era a juíza titular. Essa operação foi solicitada pela Polícia Federal no dia 13 de março”, disse Paulo Pimenta.
“A juíza titular entrou em férias e então a doutora Gabriela Hardt entrou como a juíza do caso. Tudo bem, são coincidências que acontecem. Posteriormente, o presidente Lula estava dando uma entrevista em que fez uma crítica ao juiz Sergio Moro. Isso foi por volta de 11h15 da manhã. Às 11h49 é o despacho da doutora Gabriela. Às 12h37 foi incluída uma eproc (sistema eletrônico que acelera a tramitação dos processos judiciais). E a partir dessa inclusão o juiz Sergio Moro começa a dar uma série de entrevistas, fez um tuite, deu entrevistas inclusive na CNN, onde ele passou a dizer: a entrevista de Lula colocou em risco a minha vida e da minha família”, afirmou o ministro.
Pimenta havia sido citado no jornal da CNN, quando telefonou para o canal e pediu para participar. Na entrevista para os jornalistas Raquel Landim e Felipe Moura Brasil, o ministro disse que houve “apropriação” política do caso por Moro. “Gente, o Moro sabia da investigação desde janeiro, está com escolta desde janeiro, ele e a família. Porque razão a entrevista do Lula teria colocado em risco a vida dele?”, questionou.
Assista abaixo:
Ministro-Chefe da Secom, Paulo Pimenta, fala ao vivo à CNN Brasil https://t.co/WFzBq3QJJb
— Paulo Pimenta (@Pimenta13Br) March 24, 2023