Nesta segunda-feira (28), a revista francesa France Football entregará a “Bola de Ouro”, um troféu para o jogador eleito o melhor do mundo da temporada anterior, que no calendário europeu considera julho de 2023 até junho de 2024. Favorito ao prêmio, o brasileiro Vinicius Jr., do Real Madrid, da Espanha, pode ver a conquista ir para o espanhol Rodrigo Hernandez, conhecido como Rodri, do Manchester City, da Inglaterra.
Com a possibilidade da desilusão, o clube espanhol vetou a ida do craque brasileiro até Paris como um protesto prévio pela considerada injustiça. Antecessor da camisa 7 do Real Madrid, o português Cristiano Ronaldo, considerado um dos melhores jogadores da história, já deu entrevistas dizendo que premiações individuais do futebol “perderam a credibilidade”.
Cristiano Ronaldo já recebeu a Bola de Ouro, eleito melhor jogador do mundo, em cinco temporadas. A primeira, pelo Manchester United da Inglaterra, em 2008, e as demais pelo Real Madrid em 2013, 2014, 2016 e 2017.
“Já estou habituado, sei como funciona esses organismos, mas sinceramente não vi a entrega do The Best (premiação da Fifa). Acho que de certa forma esses prêmios perderam um pouco da credibilidade, na minha opinião. Temos que observar a temporada inteira”, disse após o argentino Lionel Messi, do Inter Miami, dos Estados Unidos, ser eleito o melhor do mundo mesmo após um ano aquém do seu histórico em 2023.
“Eu simplesmente já não acredito mais nesses prêmios.”
— Cristiano Ronaldo sobre o The Best e a Bola de Ouro. pic.twitter.com/PcaoK7RtcU
— CR7 Brasil (@CR7Brasil) October 28, 2024
Para os jornalistas esportivos brasileiros, o merecimento de Vini Jr. é inquestionável considerando o desempenho pelo clube espanhol e pelos títulos conquistados como protagonista: La Liga (Campeonato Espanhol) e a Uefa Champions League (Liga dos Campeões da Europa), principal torneio interclubes do mundo, com direito ao gol decisivo na final.
Existem duas explicações para deixar o brasileiro sem o prêmio, uma delas beira o absurdo. Para eleger Rodri como o melhor do mundo, os jornalistas, capitães de seleção e treinadores que votam na premiação consideram a campanha do Manchester City na Inglaterra e o título espanhol na Eurocopa, mas ignorando que ele não foi o jogador do time nem da seleção nas conquistas.
Outro fator contra Vini é o protagonismo dele na luta antirracista mundial. Alvo constante de ataques racistas, xingado de macaco em diversos estádios da Espanha, a postura combativa do brasileiro o colocam em um rótulo desagradável para o público europeu.
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