Os coletivos franceses Alerte France Brésil e Md18 em Paris uma performance baseada no manifesto “A cada dia, o Brasil morre um pouco mais”.
Com o ato, denunciaram o “genocídio” em curso no Brasil.
Ativistas denunciaram a destruição da Amazônia, a morte de mulheres, negros, indígenas e LGBTs. Defenderam justiça no caso Marielle, a valorização da saúde pública e a laicidade do Estado.
Segundo registrou o Sul 21, o objetivo dos organizadores foi o de alertar a comunidade internacional de que estão colaborando para o massacre quando continuam a negociar com um país “sob o jugo fascista”. Produzido em parceria com a Ubuntu Collectif Audiovisuel, o ato também presta solidariedade às mais de 40 mil vítimas do coronavírus no Brasil.
Segue o texto do manifesto:
Uma performance em memória de todas as vitimas do genocídio brasileiro.
O Brasil morre a cada dia um pouco mais quando seu povo é ceifado pela pandemia, o segundo país mais atingido, com um número real de vítimas certamente dez vezes superior ao anunciado, e a grande parcela da população precária e explorada é de novo sacrificada no altar dos lucros de uma minoria insaciável e disposta a endossar todos os crimes, a fim de preservar seus privilégios.
O Brasil morre a cada dia um pouco mais quando sua frágil democracia é atacada por uma gangue de mafiosos, que chegou ao Planalto Central por meio de eleições manipuladas e que implicitamente autoriza todas as formas de violências racistas, homofóbicas e contra políticos adversários, ambientalistas, os povos nativos e profissionais da imprensa, e que incentiva a destruição de suas florestas e reservas naturais, entregues ao apetite ilimitado de gigantes do agronegócio e aventureiros sem escrúpulos.
Com o Brasil é um pouco da beleza do mundo, de sua diversidade humana e ambiental, da sua magia, que é atacada a cada dia, sob o ensurdecedor silêncio das democracias e, em particular, dos países europeus que, fazendo de conta que nada de grave acontece, continuam seus negócios com um governo cínico e mortal, que atropela todos os princípios.
E no entanto, um outro Brasil é possível.