Na tarde desta quarta-feira (11), durante uma entrevista na GloboNews, o Ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, enfrentou uma série de questionamentos sobre a classificação do grupo islâmico Hamas como organização terrorista. Pimenta, por sua vez, destacou que o Brasil está sendo “referência em agilidade” na repatriação de compatriotas.
O Ministro enfatizou o repúdio a qualquer forma de violência contra populações civis, independentemente de sua origem ou localização global.
De acordo com o secretário, a definição de um grupo como terrorista ou não é de competência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), e o Brasil sempre respeitou e seguiu as deliberações do conselho. Ele afirmou que o Al Qaeda e o Estado Islâmico são organizações internacionalmente reconhecidas como terroristas, e o Brasil, atualmente no comando rotativo do Conselho de Segurança, não pretende modificar essa condição.
O petista destacou as duas principais prioridades do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no atual conflito entre Hamas e Israel. Primeiramente, está empenhado em contribuir para a construção da paz e em auxiliar a ONU na busca de um caminho para a paz. Em segundo lugar, busca garantir a segurança e o retorno dos cidadãos brasileiros na área afetada.
Pimenta condenou vigorosamente todos os atos de violência contra populações civis, observando que as maiores vítimas deste conflito são os civis. Ele não mencionou explicitamente os envolvidos, mas é conhecido que após um ataque do Hamas ao território israelense no sábado, Israel retaliou com ataques devastadores à população civil de Gaza, causando a morte de 11 funcionários da ONU.
Na segunda-feira (9), o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, expressou profunda preocupação com os ataques a civis na Palestina, enfatizando a necessidade de respeito aos civis em todos os momentos e a proibição de alvejar infraestruturas civis.
No entanto, durante a entrevista de Paulo Pimenta, os jornalistas da GloboNews continuaram a focar na questão do Hamas como o tópico principal. Eles persistiram em buscar a posição atual do governo Lula em relação a um documento de 2021, assinado por parlamentares do PT, incluindo o próprio Pimenta, que se posicionou contra a classificação do Hamas como grupo terrorista.
Em 2021, nota de deputados e entidades foi contra a classificação do Hamas como grupo terrorista. Entre os parlamentares estava Paulo Pimenta, atual ministro da Secretaria de Comunicação Social. Ele afirma que rememorar o documento neste momento e tentar vinculá-lo a outra… pic.twitter.com/ApcLIiMR9y
— GloboNews (@GloboNews) October 11, 2023
Paulo Pimenta respondeu afirmando que o manifesto está sendo utilizado de forma inadequada por indivíduos que tentam politizar a questão. Ele enfatizou que relembrar o documento neste momento e tentar vinculá-lo a outras situações é desonesto intelectualmente.
A jornalista Ana Flor também insistiu no tema, e Paulo Pimenta esclareceu que a posição histórica do Brasil é de apoio e reconhecimento das resoluções da ONU sobre a criação do Estado Palestino. Ele destacou que o PT não endossa nenhum grupo envolvido, mas sim apoia a resolução da ONU que reconhece o Estado Palestino, uma posição que existe desde 1948.
Nas redes sociais, o magistrado destacou um trecho da entrevista, no qual falou que “a Operação Voltando em Paz já é referência em agilidade e cuidado. O Brasil foi o primeiro país a repatriar seus compatriotas e já resgatou centenas de pessoas e 4 animais de estimação que estavam em áreas de risco. Presidente @Lulaoficial mais uma vez deixando a sua marca no cuidado com quem precisa”.
A Operação Voltando em Paz já é referência em agilidade e cuidado. O Brasil foi o primeiro país a repatriar seus compatriotas e já resgatou centenas de pessoas e 4 animais de estimação que estavam em áreas de risco. Presidente @Lulaoficial mais uma vez deixando a sua marca no… pic.twitter.com/8IPMbXUN54
— Paulo Pimenta (@Pimenta13Br) October 11, 2023