VÍDEO – PM convida colega para “apostar um racha” e destrói carros em SP

Atualizado em 6 de novembro de 2024 às 17:40
Carros da PM e de civil ficaram destruídos após racha em SP. Foto: reprodução

Um vídeo que viralizou nas redes sociais nesta quarta-feira (6) mostra policiais militares em serviço apostando um racha com viaturas da corporação na zona sul de São Paulo. A corrida ilegal ocorreu no bairro do Ipiranga, na madrugada do dia 13 de julho deste ano, e resultou em um acidente que danificou a frente de uma das viaturas e causou prejuízos a veículos de civis.

As imagens, capturadas pela câmera corporal de um dos PMs, mostram os soldados Bruno César Santana dos Santos e Igor Ferreira Cabelim em uma viatura, enquanto disputavam com os colegas Gabriel Vinicius Mendes de Miranda e Tamyres Cristine Santana de Oliveira, que estavam em outro carro. “Vamos apostar um racha?”, provocou Santana antes de acelerar e perder o controle da viatura.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) esclareceu que um inquérito policial militar foi instaurado para apurar a conduta dos agentes, sendo concluído em 29 de agosto e remetido à Justiça Militar.

O caso também foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) ao Tribunal de Justiça Militar (TJM), com acusação nos artigos 280 do Código Penal Militar e 308 do Código de Trânsito Brasileiro, que tipificam a participação em corridas ilegais e violação de regras de trânsito.

Como medida disciplinar, a Polícia Militar propôs o Processo Administrativo Exoneratório para três dos policiais envolvidos, que estão em estágio probatório, e um Procedimento Administrativo Disciplinar para o quarto agente, classificado como soldado de 1ª classe. Tais processos podem resultar na exoneração dos agentes.

Além das penalidades na esfera militar, os policiais enfrentam um processo indenizatório por danos ao patrimônio público e a terceiros, já que o acidente causou prejuízos a dois veículos civis. A PM informou que os policiais foram afastados das funções operacionais enquanto aguardam a conclusão dos procedimentos disciplinares e judiciais.

O processo na Justiça Militar tramita na 4ª auditoria, e os advogados de defesa dos policiais têm até a próxima segunda-feira (11/11) para apresentar resposta à acusação. Até o momento, a data da audiência ainda não foi definida.

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