No domingo passado, 7 de abril, um grupo de moradores caminhou dois quilômetros em Caetés, sertão do estado de Pernambuco.
O destino era uma casinha em ruínas, no local onde morou o ex-presidente Lula. A casa original já foi derrubada, outra foi levantada.
Na caminhada, estava Patrícia Lira, que voluntariamente produziu um documentário, dando voz a quem estava ali com um único propósito: lutar pela liberdade de Lula.
Entre os organizadores da caminhada, está um primo de Lula, Eraldo Ferreira dos Santos.
Também estava presente o ex-deputado Fernando Ferro.
Em três dias, o documentário foi finalizado, com a ajuda do cineasta Taciano Valério, que é também professor doutor em Psicologia pela Universidade de Pernambuco.
Ele é o autor da letra da música, composta juntamente com Anderson do Pife.
“Tudo foi se compondo de uma maneira muito despretensiosa. Mas, no final, a gente ficou feliz, emocionada, porque foi um registro histórico e muito simbólico, carregado de simbolismo, porque de certa forma Lula foi transformado num ser abjeto, provavelmente não só por ter sido um sindicalista da classe trabalhadora, mas também por carregar no imaginário tudo isso que a elite brasileira quer recalcar, que é ter saído dali”, disse Patrícia, que é professora adjunta do curso de Psicologia.
Para quem caminhava, a visão era oposta à imagem que a elite brasileira quer impor: os caminhantes (ou romeiros, como se diz lá) quiseram destacar o berço do líder que conduziu o maior projeto de inclusão social da história do Brasil.
Lula Poesia é o título do filme, que o DCM publica com exclusividade. Confira.