Preso desde 18 de março por se manifestar contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ativista Rodrigo Pilha vai deixar o Centro de Progressão Penitenciária, em Brasília.
É o que afirma o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) em live realizada nesta segunda-feira (12) pelo Canal da Resistência em frente à penitenciária. “Nós estamos aqui aguardando a saída do nosso companheiro Rodrigo Pilha”, anunciou.
O parlamentar está com a advogada do ativista, Desirée Gonçalves de Sousa, que confirmou: “Nós conseguimos que ele saísse para o trabalho externo, então ele está saindo hoje.”
Ela diz, porém, que a defesa ainda terá que trabalhar na progressão do regime, do semiaberto para o aberto. “Nosso trabalho agora vai ser visando a progressão do trabalho dele, a partir do momento de sua saída. Em breve ele continuará com sua militância e suas manifestações, que são um direito constitucional, e estará dando notícias a respeito da sua situação”.
O juiz Valter André de Lima Bueno Araújo, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP-DF), rejeitou na semana passada o pedido de prisão domiciliar movido pela defesa do ativista e defendido pelo Ministério Público do DF. Acatou apenas o pedido de trabalho externo, permitindo que ele deixe a prisão durante o dia.
Segundo a advogada, o indeferimento foi “pouco objetivo” e “não teve fundamento”. “A defesa conversou no sentido de pedir uma reconsideração da decisão e, em breve, pedir a progressão do regime”, declarou.
Pilha foi detido pela Polícia Militar do DF no mês passado após estender uma faixa com os dizeres “Bolsonaro Genocida”, durante um ato na Praça dos Três Poderes. Os outros ativistas que participaram do protesto foram liberados, mas quando Pilha recebeu nova voz de prisão por desacato a um policial em 2014.
Confira as declarações de Paulo Pimenta e da advogada Desirée Gonçalves de Sousa sobre o caso: